Diário da Manhã

quinta, 25 de abril de 2024

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Acessibilidade: Falta de estrutura da cidade e no transporte é discutida em audiência

31 julho
17:04 2014

Se locomover pela cidade é uma verdadeira aventura para pessoas portadoras de deficiência. Calçadas esburacadas, falta de rampas e transporte adequado são obstáculos que acabam por deixar as pessoas reclusas em suas casas.

Preocupado com esses problemas o vereador Antonio Peres-Toninho (PSB) convocou uma audiência pública realizada na última terça-feira (29) para discutir o tema.

Participaram: A Associação dos Deficientes Físicos de Pelotas (ADEFIPEL), Poder Público, Defensoria Publica, União Pelotense das Associações Comunitárias e Afins (UPACAF) e o Movimento Calçada Legal

Participaram: A Associação dos Deficientes Físicos de Pelotas (ADEFIPEL), Poder Público, Defensoria Publica, União Pelotense das Associações Comunitárias e Afins (UPACAF) e o Movimento Calçada Legal

Abrindo a audiência o vereador Toninho apresentou um vídeo elaborado pela TV Câmara em 2012 que mostrou as mesmas dificuldades atualmente enfrentadas pelos portadores de deficiência. O VT abordou exatamente os pontos destacados na audiência, acessibilidade e os problemas com o transporte. “Trata-se de um tema importante, a cidade precisa estar estruturada, são pessoas que tem suas necessidades, porém tem os mesmo direitos como qualquer outro cidadão’, disse o parlamentar.

O presidente da ADEFIPEL, Carlos Rodrigues, destacou a necessidade da inclusão. “Estamos aqui pedindo nada mais do que inclusão social, o reconhecimento dos nossos diretos, o cumprimento da legislação, através de transporte com qualidade e uma cidade estruturada”, disse. No final da audiência Rodrigues cobrou objetividade na execução das ações. “Saio desta reunião parcialmente satisfeito, porque vejo aqui pessoas comprometidas. No entanto, já estou cansado de projeções futuras de recursos que virão do governo, precisamos ser objetivos e executar o que está no papel”, finalizou.

O defensor público Igor Menini lamentou a ausência de representação das empresas de transporte público. “Causa-me preocupação a ausência das empresas nesta audiência, visto que o transporte é um ponto crítico deste debate”, disse. Para o defensor é preciso ações objetivas em busca da solução dos problemas apresentados. “Essa reunião não pode passar em branco precisamos de ações objetivas é um tema importante, as pessoas estão ficando presas em suas casas pela dificuldade de se locomover”, completou Menini.

Representado o poder público, Paulo Osório, Gerente de Transporte da Secretaria de Mobilidade Urbana, admitiu que serviço prestado aos portadores de deficiência não é o ideal. “Apenas 35% da frota de ônibus é adaptada, o que realmente é muito pouco para demanda que temos”. Osório destacou também que com a nova licitação do transporte público, o número de carros com acessibilidade plena corresponderá a 70% da frota. O arquiteto Guto King, representando a secretária de Gestão e Mobilidade Urbana Joseane Almeida, apresentou uma séria de ruas contempladas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que receberão melhorias já com acessibilidade prevista. Dentre estas vias estão: Andrade Neves; General Osório, General Neto; Saldanha Marinho; Dom Pedro II; entre outras.

Quando a palavra foi aberta ao público que acompanhou a audiência, o relato de José Augusto Oppent, cuja esposa é cadeirante, foi de extrema importância, ilustrando ainda mais as dificuldades enfrentadas com calçadas irregulares, a falta de rampas em passeios e prédio públicos. “É inadmissível que prédios públicos que abrigam serviços do governo não tenham acesso para portadores de deficiência. Para viajarmos foi necessário marcar com antecedência para esperar que o ônibus adaptado estivesse em condições”, relatou.

Após mais de duas horas de debate foi encaminhada o envio de ofício as empresas de Transporte Municipal para que informem os horários dos ônibus com acessibilidade plena em local visível para toda comunidade, e também o direito ao passe livre aos portadores de necessidade especial da zona rural. Enviar ofício as empresas de Transporte Intermunicipal a fim de que informem a quantidade de vagas e horários destinados aos portadores de necessidades especiais, e oficiar o município de que informe os locais, prazos e condições de concerto sobre as calçadas de responsabilidade pública.

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