Aluna do IFSul é destaque na Olimpíada Brasileira de Química
As últimas semanas têm sido intensas para Estefani Tavares Jansen. Aluna do câmpus Pelotas do IFSul, a jovem de 18 anos foi a única estudante da região agraciada com medalha de bronze na edição 2013 da Olimpíada Brasileira de Química (OBQ). Por causa do resultado expressivo, virou celebridade no município e ganhou até um espaço na movimentada agenda do prefeito Eduardo Leite.
No bairro Areal, em Pelotas, não se fala em outra coisa. Na frente da casa da família Jansen, uma faixa resume bem o sentimento de parentes e amigos em relação à conquista de Estefani. No câmpus Pelotas, a maior escola do IFSul com mais de 5 mil alunos, o curso técnico em Química também fez questão de homenageá-la com uma faixa.
Estefani foi incentivada pelos próprios professores a participar da OBQ. Ela ficou entre os 12 alunos do câmpus Pelotas selecionados para a etapa estadual. Depois, em uma nova maratona de provas, conseguiu avançar à fase nacional, juntamente com outros 24 estudantes do Rio Grande do Sul.
“Quando fui para a etapa nacional, vi que poderia chegar mais longe. Achei a prova muito bem elaborada e tive mais dificuldade nas questões discursivas que envolviam análises quantitativas”, comenta a jovem, aluna do 6º semestre do curso técnico integrado em Química.
Estefani estava em uma excursão escolar quando recebeu a notícia que tinha ficado em terceiro lugar na Olimpíada, Modalidade B (para alunos do 3º ano do Ensino Médio). A comemoração começou já no ônibus, a caminho de Porto Alegre. Na casa da estudante, a família tratou logo de dar continuidade à festa.
“Desde pequena a Estefani foi uma aluna nota 10, determinada. Para nós, foi uma alegria imensa essa conquista e esse reconhecimento todo”, elogia a mãe coruja Santa Tereza Tavares Jansen.
Assim que terminar o curso técnico, Estefani quer prestar vestibular para Engenharia Química no próprio IFSul. Tem planos de trabalhar com pesquisa e licenciatura. Decisão que já conta com o apoio de toda a família.
“Ela tem nosso apoio incondicional. Sempre estaremos prontos para incentivá-la a seguir cada vez mais longe nos estudos”, afirma Tereza.
Nesta terça-feira (17), às 18h, a estudante será recebida pelo prefeito Eduardo Leite. Estefani é pura ansiedade, afinal, ela é a única representante de Pelotas e região a conquistar um resultado pra lá de especial em uma competição nacional de Química.
A cerimônia de premiação da OBQ foi realizada no dia 29 de novembro, no auditório da Federação das Indústrias do Ceará. Estefani viajou a Fortaleza na companhia da professora de Química do câmpus Pelotas, Marinês Aldeia dos Santos.
Tradição
A Olimpíada Brasileira de Química é um evento de cunho competitivo e voltada a estudantes do ensino médio e tecnológico.Em 1986, por iniciativa do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), da Secretaria da Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), foi realizado o primeiro evento com a participação de cinco estados brasileiros.
Suspenso durante sete anos, ressurgiu em 1996, por iniciativa da Universidade Federal do Ceará, da Universidade Estadual do Ceará e da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap).Os primeiros colocados nesta competição têm seus nomes inseridos na galeria de honra da Olimpíada Brasileira de Química. Os dez estudantes de maior destaque são convocados a participar do curso de aprofundamento e excelência em Química, ministrado por professores do curso de pós-graduação em Química de uma das universidades participantes, de onde se escolherá a equipe que representará o Brasil na Olimpíada Internacional de Química e Olimpíada Ibero-americana de Química.