Diário da Manhã

sexta, 29 de março de 2024

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Ampliação da Reserva Ecológica do Taim provoca nova polêmica

22 outubro
10:16 2013

Falta de proteção aos animais junto à BR-471, área que atravessa a Unidade, se arrasta ao longo dos anos

Cópia de Animal Morto Taim 01Na semana passada (quarta e quinta-feira) ocorreram duas consultas públicas, em Rio Grande e em Santa Vitória do Palmar, respectivamente, com o intuito de discutir a proposta de ampliação da unidade da Esec/Taim que abrange parte dos dois municípios, de 10.764 hectares, para 32,8 mil hectares.

Apesar de a proposta ter sido bem aceita, houve algumas opiniões contrárias, como relata o administrador da Estação Ecológica do Taim (Esec/Taim) e oceanólogo, Henrique Horn Ilha. Ele destacou que, durante as consultas, foram apontadas alternativas para algumas questões, como a redução da mortalidade de animais na BR-471 e apoio técnico para pecuaristas e pescadores do entorno da reserva.

Raul Cavedom - alisson  (1)

Raul Cavedon representa Associação de produtores. Foto Alisson Assumpção/DM

Ao participar da consulta pública em Rio Grande, o presidente da Associação dos Pecuaristas, Orizicultores, Comerciantes e Moradores do Curral Alto e Taim de Santa Vitória do Palmar (AMCATA), Raul Cesar Cavedon manifestou a preocupação dos integrantes da associação com a ampliação da unidade de conservação, em virtude da falta de proteção dos animais junto a BR-471, área atual que atravessa a unidade. Durante a reunião, Cavedon também atentou para o telamento instalado para evitar que os animais atravessassem a pista e fossem atropelados, o qual se encontra em péssimas condições, e foi informado pelo ICMBio que a reposição das telas é de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), como medida mitigadora do impacto causado pela rodovia à Estação Ecológica. A Amcata e o presidente da Câmara de Vereadores de Santa Vitória, Sidney Nunes das Neves (PDT), juntamente com o deputado Adilson Troca, pretendem solicitar ao Dnit o restabelecimento destas cercas.

Em visita a ESEC, a AMCATA constatou no dia 11 de outubro, ao longo da BR-471, 26 capivaras mortas por atropelamento, animal símbolo da reserva, além de outros animais.

O processo deverá ser entregue pelo ICMBio ao Ministério do Meio Ambiente até o final desse ano ou início de 2014.

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