Campanha organizada pelo Departamento de Vigilância Ambiental em Saúde arrecada roupas e material para confecção de camas 

O Canil Municipal, por meio do Departamento de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde (SMS), organiza uma Campanha do Agasalho Animal, a fim de aquecer os cães abrigados e disponíveis para adoção responsável. Assim como os humanos, eles são suscetíveis a contrair doenças respiratórias durante o período de maior frio.

Por mês, uma média de 100 animais passam pelo Canil – localizado às margens da BR-392 -, entre recolhidos para castração e vítimas de maus tratos e abandono. A veterinária Cristiane Berçot Budziareck explica que as baixas temperaturas e umidade fazem crescer os casos de pneumonia, gripe e bronquite nos caninos. É comum, ainda, que as roupas molhem, rasguem ou sujem, casos em que precisam ser trocadas por outras peças.

Camisetas, moletons e blusões para confecção das vestimentas também são aceitos,

“Promovemos a campanha para aumentar a qualidade de vida e trazer conforto térmico a eles”, afirma a veterinária.

Cobertores, mantas, edredons e roupas para cães são arrecadadas, bem como pallets, madeira, cimento e pregos – matéria-prima para construção de camas, o que evita o contato direto com o piso gelado. Camisetas, moletons e blusões para confecção das vestimentas também são aceitos, pois o que muitas vezes não serve mais para doação às pessoas, pode esquentar os amigos de quatro patas.

O Centro de Zoonoses, na sede da SMS, à rua Lobo da Costa, 1764, recebe o material de segunda a sexta-feira, entre 8h e 17h30min. Há a opção de agendar a entrega pelo telefone (53) 3284-7731, no caso de grandes doações.

Novo lar

Pequeno, médio e grande porte; filhotes, adultos e idosos, deficientes ou não, quietos e brincalhões. Atualmente, 39 cães vivem no Canil Municipal e esperam um humano para chamar de seu.

Quando vítimas de maus tratos, só podem ir para um novo lar depois de finalizado o processo contra o agressor. Já no caso de castrações, o pós-operatório é de 10 dias e, se não adotados, os cachorros retornam às ruas (no local onde foram encontrados) pela falta de espaço para abrigar a todos. A resistência maior é relacionada a animais cegos e com membros amputados, que acabam ficando mais tempo sob os cuidados da equipe.

“Poucas pessoas gostam de cães com deficiências, então tentamos sensibilizá-las contando as histórias dos animais, o que tem surtido efeito”, conta Cristiane.

Os interessados em acolher um novo melhor amigo podem ir até o Canil, levando um documento com foto e comprovante de residência. É necessário assinar um Termo de Posse Responsável, em que o cidadão se compromete a fornecer todos os cuidados básicos, como alimentação, abrigo, vacinas e um ambiente seguro.