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Após 13 anos de queda, número de casos de hanseníase no Brasil voltou a crescer

Após 13 anos de queda, número de casos de hanseníase no Brasil voltou a crescer
07 fevereiro
15:08 2020

A queda progressiva registrada entre 2003 e 2016 nos casos de hanseníase no Brasil foi interrompida no último relatório sobre a doença divulgado pelo Ministério da Saúde

Segundo os dados levantados, em 2017 e 2018 o Brasil apresentou um aumento de 26.875 para 28.660 novos registros da doença. Essa foi a primeira vez em 13 anos que os números cresceram. Para o médico dermatologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Rodrigo Vettorato, as razões para esse crescimento são complexas e passam por diversos fatores.

– É extremamente complicado atribuir somente um motivo para o aumento de casos. A queda dos índices, muitas vezes, acaba provocando um certo negligenciamento em relação à doença. Com isso, para-se de investir em seu controle, a mídia diminuí o ritmo de divulgação de informações e, em alguns casos, os próprios médicos (sem o treinamento adequado) não conseguem diagnosticar precocemente – salientou.

Segundo Rodrigo Vettorato, esses novos números só reforçam a necessidade de campanhas de conscientização e prevenção à doença.

– Investir em ações que busquem informar a população é imprescindível. Quanto mais cedo se descobre a doença, mais tranquilo é o tratamento e menor a chance de sequelas. O grande problema da hanseníase é o diagnóstico tardio, quando o paciente já apresenta deformidades ou incapacidades sensitivo-motoras – explica o médico.

O Janeiro Roxo é dedicado a conscientização e prevenção da hanseníase, que é uma doença contagiosa causada pela transmissão do Bacilo de Hansen, através da respiração. Ela se manifesta de diversas formas, como através de lesões na pele, ausência de sensibilidade à dor e ao tato em qualquer parte do corpo.

O Brasil registra 12% dos casos da doença em todo o mundo, contabilizando 15 ocorrências a cada 100mil habitantes. Por isso, a hanseníase é caso de saúde pública e tem tratamento gratuito em todo o Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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