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sexta, 29 de março de 2024

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Aves migratórias são observadas no entorno das obras de duplicação da BR-116/RS

Aves migratórias são observadas no entorno das obras de duplicação da BR-116/RS
13 março
17:28 2014

Todos os anos, de setembro a março, aves originárias do continente norte-americano migram para o Hemisfério Sul em busca de sossego e comida durante o período de reprodução. Elas viajam por milhares de quilômetros para encontrar o verão em lugares como os pampas gaúchos, onde podem garantir a própria sobrevivência e a de seus filhotes. Algumas destas espécies – e outras migrantes do próprio Brasil – foram registradas pela equipe da Gestão Ambiental (STE S.A.) das obras de duplicação da BR-116/RS, de Guaíba a Pelotas, por meio de ações do Programa de Monitoramento de Fauna e Bioindicadores. A mais recente foi realizada no mês de fevereiro.

Durante as campanhas trimestrais, o ornitólogo (especialista em aves) Felipe Bonow realiza amostragens utilizando os seguintes métodos: pontos de escuta, no qual o técnico fica em um mesmo local escutando as aves durante 10 minutos; e transecções lineares, quando percorre-se a distância entre dois pontos contabilizando animais ouvidos e visualizados. Felipe relata que já observou 21 espécies migratórias nos ambientes de entorno da rodovia. Ele destaca o maçarico-solitário (Tringa solitaria), ave de aproximadamente 19 centímetros que migra, em sua maioria, do Canadá e Estados Unidos. O pássaro habita locais à beira de rios e lagos e é normalmente encontrado solitário, às vezes em dois ou três indivíduos, mas nunca em grupos.

Outras espécies viajam dentro do próprio país, como a tesourinha (Tyrannus savana), que vem do norte de áreas da Amazônia em grupos e espalha-se pelo extremo sul brasileiro, Argentina e Paraguai. É muito abundante nas regiões onde vive, mas apenas em algumas épocas do ano. Já o cabeça-seca (Mycteria americana) é uma ave do Pantanal que mede entre 86 e 100 centímetros e pesa em torno de 2,8 kg. Sua distribuição no continente se estende do sul dos Estados Unidos à Argentina. “É incrível como estes animais, que muitas vezes cabem na palma de nossas mãos, podem voar centenas de quilômetros durante dias”, comenta Felipe.

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