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Contrato para o recolhimento do lixo terá validade de 60 meses e investimento ultrapassa R$ 91 milhões

Contrato para o recolhimento do lixo terá validade de 60 meses e investimento ultrapassa R$ 91 milhões
13 dezembro
08:29 2017

O Sanep publicou nesta terça-feira edital de licitação na modalidade Concorrência para prestação de serviços de coleta convencional urbana e rural, coleta seletiva e conteinerizada, com transporte e o tratamento de resíduos sólidos. O investimento será de R$ 91.056.715,80 com contrato válido por 60 meses.

O edital passou por ajustes e revisão de características técnicas, atendendo orientação do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A coleta de resíduos hospitalares foi retirada do processo e será licitada separadamente.A abertura dos envelopes com as propostas das empresas interessadas em executar o serviço será no dia 16 de janeiro de 2018, às 13h30min, na sede do Sanep.

Com a nova licitação, o processo de coleta seletiva será ampliado de 60% para 80% em Pelotas. O processo irá garantir a qualidade dos serviços de recolhimento, tratamento e destinação final do lixo do Município.

Marcus Cunha

Marcus Cunha

Marcus Cunha quer que a autarquia assuma a coleta

O vereador e líder da bancada do PDT na Câmara, Marcus Cunha, apresentou uma sugestão à direção do Sanep, em seu discurso na manhã desta terça-feira, que a autarquia reassuma a coleta urbana e rural do lixo e o transporte de resíduos sólidos domésticos até seu destino final. Licitação neste sentido para empresas privadas já tem edital para recebimento de propostas em 16 de janeiro de 2018. “Nos últimos anos, todas as empresas que participaram das licitações da Prefeitura estão envolvidas em processos judiciais, inclusive com condenações em primeira instância, como venho denunciando desde 2016”, afirmou o vereador.

“Se todas as empresas ligadas ao lixo estão no meio do lixo, envolvidas com a Lava Jato e a Máfia do Lixo, que o Sanep assuma assegurando que o dinheiro dos pelotenses não esteja envolvido com histórias assustadoras”, alertou.

Em seu discurso, Marcus Cunha apresentou matéria publicada na imprensa do dia 7 de dezembro deste ano, citando a prisão do diretor presidente do Grupo Solvi e dois diretores nacionais. O Grupo Solvi é dono da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), que pretende instalar aterro sanitário em Pelotas.

“Em pronunciamento que fiz no início deste ano, eu disse que esta empresa não tinha condições de contratar com o município, por causa dos processos que tramitavam na Justiça. Agora tomei conhecimento da prisão de seus dirigentes”, afirmou o parlamentar.

Em 19 de julho de 2016, Cunha denunciou a contratação, sem licitação, pelo Sanep, de empresa para coleta de lixo envolvida em processos que tramitam na Justiça brasileira. A Litucera Limpeza e Engenharia Ltda com sede na cidade paulista de Vinhedo foi denunciada por contratos irregulares com as prefeituras de Sorocaba (SP), Campo Grande (MS) e Araguaína (TO) e ainda com o governo do Estado de Tocantins, onde o Ministério Público Federal revelou pagamento irregular de cerca de R$ 99 milhões.

Na mesma ocasião, o vereador citou o contrato da Prefeitura com a Revita, envolvida com a Máfia do Lixo. E depois, a licitação do Sanep com a Mecanicapina, também envolvida com a mesma Máfia do Lixo, “que denunciamos aqui na Câmara, e de cujo contrato o diretor do Sanep voltou atrás graças às nossas denúncias”, afirmou Marcus Cunha.

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