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quarta, 17 de abril de 2024

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Convênio com entidades da fumicultura promoverá aumento da área irrigada no Estado

11 outubro
15:47 2013

Um convênio assinado pelo Governo do Estado com a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e com o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) impulsionará a área das culturas de sequeiro irrigada no Estado. Esta é a certeza do secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio Luiz Fernando Mainardi, que assinou acordo de cooperação, na noite da última terça-feira, no stand do SindiTabaco, no Parque da OktoberFest, em Santa Cruz do Sul.

Foto: Carlos Nyland

Foto: Carlos Nyland

O termo de cooperação prevê a conjugação de esforços para a divulgação e implementação do Programa Mais Água, Mais Renda, da Secretaria da Agricultura, junto aos associados da Afubra e aos produtores integrados que produzem para a indústria da fumicultura.

Na opinião do secretário Mainardi, a integração das duas entidades, com o envolvimento dos respectivos setores assistência técnica, ampliará o uso de sistemas de irrigação pelos fumicultores, contribuindo para o fortalecimento das ações que buscam a diversificação das atividades. “Nosso objetivo é fomentar mecanismos que tragam mais renda ao produtor”, explicou o secretário, acrescentando que a irrigação, além de garantir a estabilidade da produção, possibilita o aumento da produtividade e, fundamentalmente, no tabaco, a elevação dos padrões de qualidade do produto.

Mainardi explicou, ainda, que com o armazenamento da água e investimentos na aquisição de equipamentos, com subvenção do governo do Estado que vai de 30 a 12%, dependendo do tamanho da propriedade, o produtor cria as condições necessárias para ter uma segunda safra anual. “Na resteva do fumo, aproveitando o preparo do solo feito para aquela cultura, poderão ser plantados diversos produtos como milho, feijão, pastagens e frutas que, uma vez irrigados, terão uma maior produtividade”, destacou. Com isso, o produtor terá mais renda, finalizou Mainardi.

O presidente da Afunbra, Benício Albano, falou da alta rentabilidade do tabaco. “Numa área plantada de 149 mil hectares, obtivemos uma receita de R$ 2,6 bilhões com o fumo, enquanto se fossemos produzir milho, este número se reduziria para R$ 263 milhões”, informou o presidente. Para ele, a irrigação vai permitir que os fumicultores, além de diversificar a renda, possam ingressar na “agricultura de precisão”.

Por sua vez, o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, garantiu que tudo aquilo que representar mais renda para o produtor integrado terá amplo apoio da indústria. E o vice-presidente de Produção e Qualidade da entidade, Claudimir Rodrigues, antecipou que cerca de 500 técnicos da indústria fumageira estarão integrados à ação que começará, de forma efetiva, com um grupo de 150 produtores nas diversas regiões em que o tabaco é cultivado, os quais servirão de validadores e multiplicadores da tecnologia.

A irrigação, segundo diretor, pode elevar em 10% a produtividade do fumo e, na qualidade, proporcionar um preço de 5% a 10% superior aos valores praticados para a produção de uma lavoura sem o uso desta tecnologia.

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