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sexta, 19 de abril de 2024

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Exportações gaúchas recuam 1% em abril

19 maio
09:47 2015

Resultado avaliado pela FIERGS é o mais baixo desde 2009

As exportações gaúchas recuaram 1% em abril, em comparação com o mesmo período de 2014, e somaram US$ 1,65 bilhão. O resultado foi puxado pela queda de 5,1% da indústria, responsável por US$ 923 milhões das vendas totais, que atingiram o menor patamar para o mês desde 2009, quando foram sentidos os efeitos da crise financeira internacional. “A economia brasileira passa por uma crise de competitividade que é agravada pela falta de acordos comerciais relevantes. Nesse cenário, a taxa de câmbio mais desvalorizada ainda não tem sido suficiente para alavancar as vendas externas da indústria”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, ao avaliar a balança comercial do Estado.

De um total de 24 segmentos da indústria gaúcha, apenas cinco tiveram crescimento, enquanto 11 caíram e oito ficaram estáveis. Os principais desempenhos negativos vieram de: Materiais Elétricos (-48,0%), Máquinas e Equipamentos (-15,9%), Tabaco (-15,6%), Couro e Calçados (-12,5%), Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (-10,7%). Os destaques positivos foram de Metalurgia (33,3%) e Químicos (30,3%).

Já as vendas externas de produtos básicos (commodities) evoluíram 5,5% (total de US$ 705 milhões), influenciadas pelo aumento da demanda externa por soja (18,1%). O resultado só não foi melhor em função da queda das exportações de milho (-87,5%).

Em relação aos destinos das vendas externas do Estado, a China garantiu a liderança (US$ 612,8 milhões), um aumento de 6,1%, adquirindo basicamente soja. A segunda posição ficou com a Argentina (US$ 101,1 milhões), que diminuiu em 7,5% as encomendas e recebeu principalmente polietilenos. Na sequência vieram os Estados Unidos (US$ 91,1 milhões), ao reduzir em 4,6% sua solicitação, cujos produtos destaques foram blocos de cilindros para motores.

Ainda sobre abril, as importações totais caíram 25,4%, somando US$ 927 milhões – também o valor mais baixo para o mês desde 2009. Todas as categorias de uso apresentaram queda, com destaque para Bens de Consumo (-46,4%), Bens de Capital (-34,4%) e Bens Intermediários (-26,5%). “Essa retração nas compras está atrelada à desaceleração da atividade econômica e ao pessimismo dos empresários em relação ao futuro e à recomposição da alíquota do IPI sobre veículos automotores”, avaliou Müller.

ACUMULADO DO ANO – Nos quatro primeiros meses do ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, as exportações totais do Estado desaceleraram 3,8%, com a indústria retraindo 7,7%. Os principais destaques negativos vieram de Coque e Derivados de Petróleo (-92,8%), Materiais Elétricos (-28,8%), Celulose e Papel (-25,5%), Máquinas e Equipamentos (-17,1%) e Químicos (-13,4%).

 

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