GREVES: Cidade amanhece com mais uma
Depois dos servidores do Sanep, da Prefeitura de Pelotas e dos técnicos em Enfermagem do Pronto Socorro e Hospital Universitário São Francisco de Paula(HUSFP), Pelotas amanhece hoje com mais uma categoria em greve: os trabalhadores da Empresa do Terminal Rodoviário de Pelotas(Eterpel). A decisão de entrar em greve ocorreu em assembleia na semana passada. A paralisação começa hoje em função do cumprimento dos trâmites legais.
TRABALHADORES técnicos em Enfermagem permanecem paralisados em frente ao Pronto Socorro
FOTO: Emerson Pacheco/Especial DM
Em princípio, os servidores do Terminal Rodoviário reivindicam reajuste salarial de 12,7% e equiparação no vale-alimentação ao recebido atualmente pelos trabalhadores do Sanep: R$ 380,00. Nenhuma das reivindicações está sendo atendida pela administração municipal, responsável pela gestão da Eterpel. Na manhã desta quarta-feira, por volta das 10h, os trabalhadores fazem manifestação pública no interior do Terminal Rodoviário de Pelotas.
SANEP – A greve dos trabalhadores do Sanep completa 25 dias nesta quinta-feira. E pelo andar da “carruagem” tem tudo para se prolongar por mais alguns dias. Ontem, os servidores realizaram assembleia e rejeitaram por “ampla maioria”, a proposta dos gestores: 6,8% de reajuste salarial mais 7.7% no vale alimentação. Os servidores pedem 12,7% de reajuste salarial e no vale-alimentação e não aceitaram a contraproposta. E decidiram pela manutenção da greve. Segundo Renato Abreu, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais do Saneamento Básico de Pelotas(Simsapel), a categoria segue mobilizada à espera por mudança na posição dos gestores da autarquia.
SIMP – Sem nenhuma novidade nas negociações. E os servidores da Prefeitura, em greve desde a quinta-feira da semana passada, continuam a mobilização pelo reajuste salarial. Eles pedem 12,5% de reajuste salarial mais R$ 100,00 no vale-alimentação. A administração municipal oferece 6,3% de reajuste salarial e R$ 10,00 no vale-alimentação. E segue a greve.
Nesta quinta-feira haverá mobilização com manifestação em frente à Prefeitura. Ao meio-dia os municipários realizam o “Sopão dos R$ 10,00 não dá!” E amanhã às 14h30min no Auditório do Colégio Municipal Pelotense haverá assembleia para avaliação da greve e qual o rumo a ser seguido. O vice-presidente do Sindicato dos Municipários de Pelotas(Simp), Tiago Botelho garante que 50% dos servidores municipais estão em greve. Ainda de acordo com Botelho, a partir de agora, uma comissão de vereadores irá negociar com o prefeito, que se nega a conversar com os servidores em greve.
SAÚDE – Assim como as demais greves, ontem não houve nenhum avanço nas negociações entre os gestores do Pronto Socorro de Pelotas e Hospital Universitário São Francisco de Paula(HUSFP) e os trabalhadores das duas instituições hospitalares, que nesta quinta-feira entram no terceiro dia de greve. Eles protestam pelo não pagamento do piso salarial regional, de R$ 1.100,00, conforme determina a Lei Estadual 14460/2014. As assembléias com trabalhadores dos hospitais Beneficência Portuguesa, Santa Casa de Misericórdia de Pelotas, Miguel Piltcher e Hospital Espírita decidiram por buscar na Justiça o direito ao piso salarial regional.
EM COMUNICADO, a direção do Hospital Universitário São Francisco de Paula diz que “diante da deagração da greve dos Servidores Técnicos em Enfermagem, ratica sua total disposição em continuar a discussão com seus representantes sindicais na tentativa de resolver o impasse neste momento imposto. Manifesta o apego à tese do cumprimento ao preceituado na Lei Estadual 14.460 de 16 de janeiro de 2014 (Lei do Piso Salarial) e arregimenta-se na Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho número 358 de 14 de março de 2008. Em tempo, manifesta sua expectativa de que o transcurso das ações não envolva em prejuízo de nenhuma ordem aos seus pacientes.”
