Diário da Manhã

O atraso nos repasses de recursos por parte do Ministério dos Transportes é apontado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Pesada do Rio Grande do Sul (Siticepot), como responsável pela demissão de cerca de 300 trabalhadores nas obras da nova Ponte do Guaíba.

Com isso, as obras também estão paralisadas, desde ontem. Segundo Isabelino Garcia dos Santos, presidente do Siticepot), a paralisação das obras já era esperada, uma vez que o Consórcio Ponte do Guaíba, encabeçado pela empreiteira Queiroz Galvão, responsável pela obra estava alertando para os atrasos nos repasses

A obra está cerca de 35% concluída. O presidente do sindicato lamenta o fato da paralisação, o que também tem ocorrido com outras obras no Estado, uma vez que a retomada não é garantida e há serviços que precisarão ser refeitos, caso isso ocorra. Conforme Santos, não existe previsão orçamentária para a continuidade da construção.

O investimento inicial nas obras da ponte seria de R$ 649,6 milhões. No começo deste ano, os operários realizaram uma greve por conta dos salários e por melhorias na segurança de trabalho. No ano passado, cerca de 200 funcionários haviam sido demitidos do empreendimento. E em fevereiro, um grupo de trabalhadores decretou greve por causa da falta das condições de trabalho e alojamentos.

A obra da nova Ponte do Guaíba começou em outubro de 2014 e tinha previsão de inauguração em outubro de 2017. O empreendimento terá uma extensão de 12,3 quilômetros com um total de cinco quilômetros de trecho em aterro e 7,3 quilômetros em ponte sobre os canais navegáveis, elevada e viadutos.

FALTA de repasse dos recursos para a obra geram problemas na sua execução