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sábado, 20 de abril de 2024

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HIP HOP : Grupo feminino de dança “Street Soul

22 setembro
08:54 2016

Terças das 16h às 17h30min, aulas de danças urbanas com Francine Lemos na Igreja Brasa – Praça 20 de Setembro 548

Por Carlos Cogoy

A ideia surgiu em 2013, quando ela conheceu uma jurada de Maringá, que estava participando de festival de dança na cidade. No contato, soube que no Paraná havia grupo feminino de danças urbanas. A experiência motivou o surgimento do “Street Soul” em 2014. No início, diz a idealizadora Francine Lemos (22 anos), sem espaço para as aulas e ensaios, os encontros aconteciam em locais como a esplanada do Theatro Sete de Abril. Atualmente, no entanto, o grupo dispõe de espaço cedido pela igreja Brasa, à Praça 20 de Setembro 548. E Francine divulga a interessadas, que as aulas acontecem às terças às 16h. “O espaço está aberto a meninas que queiram aprender ou entrar para o grupo. As aulas acontecem na frente do IFSul, já os ensaios são em dias diferentes. Minha ideia, com o grupo, é prepará-las para a participação em festivais. Então competir de igual para igual com qualquer grupo, mesmo não dispondo de uma estrutura perfeita para trabalhar. Acredito no amor e na garra para a superação”, diz Francine. Informações: (53) 8455.8435. Email: [email protected]

Francine Lemos coordena

Francine Lemos coordena

INOVAR – Francine menciona sobre o projeto: “Durante bom tempo programei a possibilidade de um grupo, mas faltava coragem. Afinal, não tinha local nem apoio de ninguém. Outra diferença é que procurava algo inovador e diferenciado, ou seja um grupo de mulheres no Hip Hop. Mas, em junho de 2014, fui à luta e montei o ‘Street soul’. E, como Deus nunca falha, encontrei pessoa especial e abençoada. Nós não tínhamos muito contato, mas acredito que Deus nos aproximou. E falo sobre Aline, Bboy (dançarina), do grupo ‘Soul Beat Crew’. Foi ela que conseguiu o local no qual estamos até hoje. Nesse lugar, as aulas e o grupo ficaram mais conhecidos. Outro propósito com o grupo era motivar mais meninas para a dança. Então, incluí-las no mundo da dança, oportunizando o acesso a jovens de baixa renda que, na maioria dos casos, não têm como pagar. E felizmente tenho conseguido alcançá-las. Assim, ao invés do risco com o mundo das drogas, no tempo livre as meninas estão comigo. Era um sonho, vê-las juntas e dançando, expressando-se sem os meninos, já que elas também têm força para, na dança e na vida, conquistarem o que desejarem. Em relação ao local de ensaio, emprestado pela igreja Brasa, não tenho como externar minha gratidão. O apoio tem sido fundamental”.

Aprendizado e prêmios

Na modalidade “danças urbanas”, Francine Lemos tem participado de festivais. Neste ano, diz ela, três primeiros lugares em apresentações solo. Ela menciona os destaques no Conexão Dance Pel, Dança Pelotas e Arroio Grande Festival Bi-Nacional de Dança. São mais de dez premiações, em eventos como o “Dança Comigo Torres” no litoral gaúcho. Ano passado, ressalta Francine, segundo lugar solo feminino no Festival de Dança Alliance Dance, o que garantiu vaga para Los Angeles.

Bolsista na academia “Corpo & Dança”, Francine ministra oficinas na Escola Balbino Mascarenhas e Exército da Salvação. “Neste ano, em projeto da Prefeitura, tive a oportunidade de trabalhar como oficineira de danças urbanas, atuando com crianças carentes”, acrescenta. Além de coordenar o grupo de dança “Street Soul”, também integra o “The Best of dance”.

TRAJETÓRIA – Moradora na Zona Norte, ela também já residiu no bairro Simões Lopes. O começo na dança ocorreu há oito anos. Como motivação, a admiração pelo grupo Piratas de Rua. Após conhecer o grupo, integrou a formação feminina do “Piratas”. No aprendizado, destaca a orientação da professora Camila Freda. Na trajetória de Francine, também o Piratas de Rua Jr, Academia Estímulo, Trem do Sul, The Blacks Company.

ESTILO – “Danças Urbanas, na verdade, é um termo que engloba todos os estilos. Então, o Break dance, Street dance, vogue, waacking, house-dance, popping, locking, krump e outros estilos. Acredito que não há mais o rótulo ‘periferia’. Atualmente cada um expressa na dança, a vivência daquilo que sente, ou até mesmo o lugar que mora sem que necessariamente seja periferia. Com a dança, é importante narrar o seu cotidiano ou até mesmo suas fragilidades, pois somos livres”, conclui Francine.

Criado há dois anos o “Street Soul” já teve de ensaiar em frente ao Sete de Abril

Criado há dois anos o “Street Soul” já teve de ensaiar em frente ao Sete de Abril

 

 

 

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