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sexta, 29 de março de 2024

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Insegurança: Rodoviários protestam contra violência

Insegurança: Rodoviários protestam contra violência
21 janeiro
16:49 2014

“A criminalidade toma conta da cidade, a sociedade põe a culpa nas autoridades… Porque aqui a violência tá demais”. Os trechos da música Cachimbo da Paz, de Gabriel o Pensador, encaixa-se perfeitamente na situação vivida por motoristas e cobradores de diversas linhas do transporte coletivo urbano de Pelotas. Entre os últimos dias do ano 2013 e primeiros 20 dias de 2014 eles foram vítimas de aproximadamente 50 assaltos, alguns seguidos de violência física.

Foi isso que levou trabalhadores das empresas Turf e Conquistadora a interromper suas atividades ontem das 10h às 14h. Eles saíram às ruas em carreata e foram até a Brigada Militar(BM) onde entregaram um documento direcionado ao Comando, no qual manifestam o descontentamento da categoria para com a falta de segurança. Na sequência, os trabalhadores seguiram até a frente do Fôro onde pretendiam continuar a pacifica manifestação, mas foram impedidos de ingressar no pátio da Instituição.

Ônibus Protesto01

MANIFESTAÇÃO dos trabalhadores pede medidas que impeçam a ação da bandidagem
FOTO: HFJ/DM

Cerca de 200 trabalhadores de 40 linhas – Zona Norte e algumas de regiões do bairro Fragata – participaram da manifestação. Enquanto isso, os usuários ficaram sem o serviço. “Eu apoio a manifestação. Eles têm razão: não passa um dia sem um ou mais assaltos, alguns com violência, não só contra os trabalhadores mas também contra os usuários”, diz a professora Zenilda Freitas, ao saber o motivo da manifestação, mesmo sabendo que teria de esperar até às 14h para voltar ao Pestano.

“Não dá mais para suportar. Os trabalhadores estão reféns da bandidagem”, aponta o presidente em exercício do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pelotas(STTRP),  André Timm.

Não é regra, mas de acordo com o sindicalista, os horários considerados críticos são os primeiros das manhãs de sábados e domingos, quando acabam as “festas” em casas noturnas no centro da cidade. “Eles (bandidos) entram armados, drogados, e espalham o terror nos ônibus”, continua Timm, confirmando os traumas psicológicos de motoristas, cobradores e até usuários, que são vítimas da criminalidade que viaja no transporte coletivo urbano em Pelotas.

“Nós esperamos que as autoridades policiais olhem isso como uma situação que não pode ser normal, que precisa ser enfrentada para que os trabalhadores e usuários do transporte coletivo se sintam seguros, em qualquer horário”, conclui André Timm, que não descarta uma nova manifestação caso não sejam tomadas providências no sentido de solucionar um problema que existe há bastante tempo e aumenta cada vez mais.

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