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LUANA PEPE : Dois acusados do crime vão a júri

LUANA PEPE : Dois acusados do crime vão a júri
18 dezembro
10:15 2014

O último julgamento da pauta deste ano do Tribunal do Júri de Pelotas levou ontem ao banco dos réus os dois acusados de envolvimento na morte da estudante Luana Ferraz Pepe, de 14 anos, um dos crimes bárbaros de maior repercussão na cidade.  A sessão teve início às 9h30min, com uma homenagem à juíza Nilda Margarete Staniesky, que morreu na madrugada de terça-feira. Os guardadores de carro Jackson Brizolara Silva, de 40 anos e Luís Carlos Porto da Silva, de 48 anos, o “Paxá”, respondem pelo rapto, estupro, cárcere privado, assassinato e ocultação de cadáver da adolescente. Devido ao número de testemunhas arroladas pela acusação e defesa, a previsão é que o julgamento se prolongue até a madrugada.

ACUSADOS negam envolvimento no crime Foto de Alisson Assumpção/DM

ACUSADOS negam envolvimento no crime
Foto de Alisson Assumpção/DM

A acusação é feita pelo promotor José Olavo Passos. Na defesa de Luís Carlos atuou o advogado Antônio Ernani Pinto da Silva Filho, que acredita que um fio de cabelo possa condenar alguém, mas precisa ser provado que é da vítima. Segundo ele, o laudo pericial não dá 100% de certeza, e na dúvida, ninguém pode ser condenado.  Jackson é defendido pelo advogado Marcos Antônio Silva e Silva, que alegou falhas na apuração do possível terceiro suspeito. O juiz  Paulo Ivan Medeiros presidiu a sessão.

Para o promotor José Olavo, a acusação é feita com base em provas técnicas. Ele quer a condenação máxima para os que forem culpados do crime. Segundo ele, se existe realmente um terceiro suspeito, este deve ser investigado em novo processo.

Na manhã de 7 de maio de 2011, Luana saiu de casa, no Areal, e desapareceu a caminho da escola. O corpo da jovem foi encontrado dez dias depois em numa valeta no final da Rua General Argolo, próximo à Avenida Juscelino Kubitschek. Ela foi estuprada e espancada violentamente na cabeça, vindo a morrer de traumatismo craniano.

Em março deste ano, depois de denunciados pelo Ministério Público, os guardadores de carro foram presos. A análise de fios de cabelo encontrados no barraco onde residiam foi a prova pericial que embasou a denúncia do promotor, pois seriam compatíveis com os da vítima. Os dois negam envolvimento no crime e alegam que só encontraram o corpo, e acreditam que tenha sido praticado por uma terceira pessoa.

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