Diário da Manhã

quinta, 28 de março de 2024

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Mar de incertezas na Boca do Lobo

29 janeiro
09:04 2019

O Pelotas teria tudo para fazer um tranquilo começo de Campeonato Gaúcho – respaldado pela histórica virada contra o Internacional, no Beira-Rio -, mas o ambiente se alterou completamente no domingo, depois do empate por 0 a 0 com o São Luiz na Boca do Lobo. A mudança no ambiente não tem nada a ver com o resultado do jogo. É consequência da ação de uns poucos “torcedores”, que não respeitam limites. Atualmente o clube está afundado no mar da incerteza. É natural que os profissionais se sintam inseguros (afinal, se os dirigentes são agredidos…).

Gavilán demostra desejo de ir embora: insegurança

Gavilán demostra desejo de ir embora: insegurança

O presidente do Conselho Deliberativo, Moacir Elias, convocou uma reunião extraordinária para terça-feira, às 20h30, quando o clube, através do coletivo de conselheiros, irá tomar uma posição oficial em relação ao incidente de domingo. Até lá, o Pelotas não terá experiente externo e ninguém dará entrevista (jogadores e membros da comissão técnica) até segunda ordem. Justamente no momento em que todos deveriam estar falando da importância do jogo desta quarta-feira, contra o São José, na Boca do Lobo, pela quarta rodada do Gauchão.

O técnico Diego Gavilán manifestou o desejo de ir embora em função do clima de tensão estabelecido no clube. A tendência é que ele permaneça na Boca do Lobo – desde que Gilmar Schneider continue no cargo, depois da reunião de amanhã. A saída do dirigente, que seria trágica para o Pelotas, seria perfeitamente compreensível por ter sido ele a principal vítima da violência desses agressores.

O jogo de amanhã será de segurança reforçada na Boca do Lobo. É o momento também dos verdadeiros torcedores abraçarem o time e a diretoria. Outra consequência do episódio de domingo é o afastamento de torcedores do estádio – desiludidos e assustados com os atos de selvageria. Os danos são irreparáveis, mas o incidente pode marcar um novo tempo, com o Pelotas finalmente rompendo o “cativeiro da ameaça” que o tornou refém de um grupo de pessoas.

Em tempo: Galvián pediu contratações – se continuar no comando da equipe. O time demonstrou dificuldade quando teve que impor o ritmo do jogo. A vitória em Porto Alegre não pode encobrir as deficiências do grupo. Da mesma forma que não podem ser esquecidas as lesões e o desgaste físico no segundo tempo do jogo de domingo.

(Caldenei Gomes) 

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