Município dá início à execução do programa de açudagem
Vinte açudes destinados à piscicultura e à irrigação começaram a ser abertos na zona rural de Pelotas. Iniciativa da Prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), possibilita a implantação das estruturas com os serviços do maquinário do Consórcio Público Extremo Sul, estabelecido a partir da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul), em convênio com o governo do Estado.
A abertura do primeiro açude do programa foi concluída nesta semana, na propriedade de Jones Cristiano Wrerck, Colônia Corrientes, 6º distrito, Santa Silvana. A estrutura será utilizada para criação de peixes e à irrigação de pastagens destinadas a bovinos leiteiros. Os projetos foram elaborados pela Emater, a partir de demanda encaminhada por produtores, e o órgão é responsável técnico pela execução.
“Acumular água é uma das estruturas mais relevantes dentro do sistema de produção de propriedades rurais, pois permite que, em períodos de estiagem, culturas como hortaliças, frutas, pastagens e lavouras de pequeno porte mantenham-se em desenvolvimento”, pondera o secretário de Desenvolvimento Rural, Jair Seidel.
O secretário enfatiza que a Prefeitura empreende um esforço grande para prover propriedades com açudes. “As máquinas do Consórcio ficarão no Município até a conclusão de todos eles. Os projetos passaram pela aprovação da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Estado”.
PRIMEIRO açude foi concluído, em propriedade localizada na Colônia Corrientes
CARACTERÍSTICAS
Os 20 açudes previstos no programa não são padronizados. Cada um foi planejado de acordo com o tamanho da propriedade e as características da área: o primeiro enquadrou-se em 5 mil metros cúbicos de movimentação de terra.
Seidel comenta que a zona rural de Pelotas é propícia a escavações para açudagem. Por exemplo, neste que deu início às ações, existia espessa camada argilosa abaixo, que impermeabiliza a absorção da água. Em outros casos, há locais com córregos, que auxiliam no abastecimento. Todos os novos açudes vão contar com sistema de “ladrão” – quando muito cheio, a água excedente é liberada.
O custo para o produtor é de aproximadamente 50% do preço que pagaria sem o apoio do programa. O Município entra com as máquinas, o combustível e os operadores. A atividade conta com o trabalho de uma escavadeira hidráulica, um trator de esteira e dois tratores com pneus scraper.
