Diário da Manhã

sexta, 29 de março de 2024

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Música Livre: A sabedoria das perguntas urgentes de cada dia

25 julho
16:04 2014
Poeta comprometido com a reeleição de Hugo Chávez

Poeta comprometido com a reeleição de Hugo Chávez

Na música “Sabedoria popular”, letra inspirada no educador Paulo Freire (1921/1997). Em “Perguntas”, versos como: “Fatos e fotos e flashes e tal,/ Uma versão, a oficial/ Quem será que lucra com isto?/ Se canta, se dança, a regra é geral/ Princípios, valores, tudo é banal,/ Quem será que lucra com isto?”. Já na canção “Dia”, que abre o novo disco, singeleza lírica para “Um café bem passado,/ Erva boa pro mate,/ Um radinho de pilha,/ A cachorrada que late/ E um tipo sentado/ Vendo a vida passar”.

O autor, cantador e violeiro Pedro Munhoz, gaúcho de Barra do Ribeiro – anos noventa residiu em Pelotas, onde gravou o primeiro CD “Encantoria ao vivo” no Teatro do COP -, mantém-se atento à sabedoria das perguntas urgentes de cada dia. Cidadão sem fronteiras, canta e clama por cidadania em diferentes regiões do País, bem como nos palcos do Chile, Cuba, França, Espanha, Itália, Uruguai, Venezuela, México, Portugal e Guatemala. Na internet, agenda, discografia e trajetória: pedromunhoz.mus.br.

Músico em visita ao Diário da Manhã nesta semana

Músico em visita ao Diário da Manhã nesta semana

As músicas dos seis discos e duas coletâneas podem ser ouvidas e baixadas no: palcomp3.com/pedromunhozoficial

Na luta com Plínio de Arruda Sampaio

Na luta com Plínio de Arruda Sampaio

DISCO MATRIZ – No sexto disco “Guitarra toda a vida”, também as faixas: Quando; Maria; Casas Velhas; Belchiorana nº 1 – parceria com Martim César; Guitarra toda vida; A Casa de Cora; Bandeiras Negras; Simplesmente milonga; Senhores de bronze – veja box. No sábado, Munhoz (voz e violão), realizou show de lançamento em Santa Maria.

Ele cantou no Acampamento Estadual do Levante da Juventude, que ocorreu na 10ª Feira Latino Americana da Economia Solidária. Como tem sido desde 1999 quando, com a bela “Procissão dos retirantes” venceu o 1º Festival Nacional da Reforma Agrária, Munhoz empenha-se por agenda artística comprometida com a luta social.

Em Pelotas, show de lançamento será em agosto. A produção será da equipe da Maria Bonita Comunicação. Munhoz, em visita ao DM nesta semana, informou que o CD – houve falha no fechamento de arquivos -, não é para ser ouvido mas ‘baixado’.

Comercializado a R$5,00, disponibiliza os arquivos com as doze músicas, e a alternativa é ampliar a democratização do acesso. Contatos com o artista também pode ser feitos através do “Facebook”, ou no twitter “@pmunhozpessoal.

LIVRE – Em 2011 o Teatro Mágico gravou a música “Canção da Terra”, autoria de Munhoz. Ano passado, a Globo negociou para inserir na novela Flor do Caribe.

Munhoz é pioneiro na “música livre”

Munhoz é pioneiro na “música livre”

A negociação com a Som Livre – tentáculo musical da Globo -, demarcou o primeiro contrato de música livre no País. O contrato garante a gestão do artista, sem conceder a mudanças, cortes ou alterações.

POLÍTICA é sempre bom papo com Munhoz. Ele reconhece a necessidade de mudanças, como as reformas política e agrária. Mas também salienta os avanços no País em diferentes áreas.

Entre as contradições, lembra que os brasileiros que foram aos estádios na Copa, também são aqueles que têm trocado de carro, comprado eletrodomésticos novos e viajado ao exterior. No entanto, como é típico à burguesia, comportam-se mesquinhos, pois tanto se beneficiam quanto criticam e vaiam a presidenta.

Em relação aos “Black blocs”, menciona tanto a espontaneidade inicial, quanto a usurpação por conta de grupos da extrema direita, e a mais recente ‘criminalização’, o que serve como recado aos movimentos sociais. A mídia tem partido e, diz o músico, nos canais populares remete ao sensacionalismo.

Já nos veículos direcionados a camadas mais intelectualizadas, a pauta é o denuncismo.         

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