Diário da Manhã

Ranyele, Andréa Mazza e Rafaela Cardoso
CRÉDITO:
Cogoy

Incentivo à leitura nas Doquinhas. A iniciativa que beneficiará moradores nas imediações do espaço “Quadrado”, também será acessível à comunidade de diferentes bairros. A ideia surgiu na mobilização que alerta para o possível fechamento do “Quadrado” – projeto do governo gaúcho prevê grade no local, que abrigaria barcos pesqueiros da Coreia do Sul -, e já está reunindo primeiros volumes.

Andréa Mazza, Ranyele e Rafaela Cardoso, divulgam o projeto e solicitam a doação de exemplares para incrementar o acervo. Os primeiros livros já chegaram e estão sendo alojados em estante improvisada, mas a perspectiva é de criação de uma área específica para o fomento à leitura.

O espaço público “Quadrado”, umas das poucas áreas gratuitas de lazer na cidade, com a chegada da primavera passará a receber grande público. São jovens, grupos de amigos e famílias que, à margem do São Gonçalo, dispõem de área para o lazer e boa convivência. Com a biblioteca se estruturando, acreditam as organizadoras, a tarde no “Quadrado” também poderá ser momento para boa leitura.

Evoluindo o projeto, possibilidade de atividades ligadas à literatura. A exemplo, lançamentos de livros, palestras e oficinas para estimular a literatura popular.

A biblioteca no Katangas ainda não foi “batizada”, mas já foi aventada a possibilidade de homenagear a professora e escritora negra pelotense Maria Helena Vargas da Silveira. Autora de doze livros, a “Helena do Sul” – identificava-se nas últimas obras -, ainda não foi devidamente valorizada na terra natal. Sua obra revirou as entranhas da pobreza, negritude, injustiça e desigualdade social. Oportuno exemplo de resistência, quando se intensifica a mobilização pela defesa do “Quadrado” como área de descontração, arte e cultura.

(C0G0Y)