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terça, 23 de abril de 2024

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Oficina de percussão e tambores prepara Dia do Patrimônio

01 agosto
14:38 2014

A Secretaria de Cultura (Secult) ofereceu uma oficina de percussão e tambores à Comunidade Quilombola do Algodão, na última terça-feira (29/07/2014), com mais de 30 participantes. A atividade foi mais uma preparação ao Dia do Patrimônio, que terá seu ápice nos dias 16 e 17 de agosto.

A oficina é resultado do pedido do coordenador da Comunidade do Algodão e representante de 43 comunidades quilombolas do sul Estado, Nilo Dias, ao secretário Giorgio Ronna, durante a visita à comunidade em abril, para que levasse cultura para o local. Dias tem a preocupação de resgatar as raízes que estão esquecidas ou não são conhecidas pelos mais jovens.

Atividade faz parte da programação do Dia do Patrimônio, que acontecerá nos dias 16 e 17 de agosto

Atividade faz parte da programação do Dia do Patrimônio, que acontecerá nos dias 16 e 17 de agosto

A oficina foi com o grupo Alabê Ôni, formado pelos músicos Richard Serraria, Pingo Borel, Mimmo Ferreira e Kako Xavier. Além de exercitarem o tocar dos tambores, os participantes aprenderam um pouco sobre a história dos ritmos maçambiques, quicumbis, batuque gaúcho e candombes e também dos tambores sopapo, maçambique, ilú, repique, pandeiro, caninha e chocalhos, assim como a relação destes com a cultura negra e as religiões de matriz africana.

De acordo com a superintendente Clotilde Victória e a gerente de Projetos da Secult, Alessandra Ferreira, o músico Mimmo Ferreira se aproximou dos moradores cantando “Sigo a batida do meu coração, sou do Quilombo do Algodão”, descontraindo e diminuindo a distância entre eles e os visitantes – músicos e integrantes da Secretaria.

A canção criada por Mimmo cativou os aprendizes e foi utilizada durante as mais de três horas de oficina, que oportunizou a todos o manuseio e o exercício musical, e até alguns passos de dança afro. Clotilde e Alessandra disseram que a experiência também foi muito rica para os integrantes do grupo Alabê Ôni, que têm visitado muitas comunidades quilombolas em outras regiões do Brasil, e pela primeira vez visitaram a localidade.

Para encerrar a atividade todos os tambores foram colocados no centro da sala e abraçados num grande círculo, todos agradeceram a oportunidade e num instante de silêncio reverenciaram os tambores e o aprendizado vivenciado por todos.

Alabê Ôni – Alabê Ôni significa, na língua iorubá, “nobre tamboreiro” ou “grande mestre dos tambores”. É um grupo de percussão, formado por músicos pesquisadores da cultura negra, que recupera a história do Tambor de Sopapo. O nome é uma homenagem dos músicos à ancestralidade da África, que resistiu por séculos em terras distantes.

Continuidade – A Secult pretende dar continuidade à parceria na Comunidade do Algodão e uma das ações já está sendo organizada com a montagem de uma biblioteca para o salão que a própria comunidade está erguendo, local onde foi realizada a oficina.

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