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VIOLÊNCIA : Ônibus é queimado na Colônia

VIOLÊNCIA : Ônibus é queimado na Colônia
11 abril
17:34 2014

Veiculo da Empresa São Jorge, em litígio com Sindicato dos Rodoviários, sofre ação de vandalismo; Policia abre inquérito para investigar as circunstâncias em que se deu o crime.

Em meio às “turbulentas” negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pelotas (STTRP) e a Empresa São Jorge em função de reivindicação da entidade sindicalista pelo fim do intervalo na jornada de trabalho – 7 horas e 20 minutos -, um ônibus da Empresa foi incendiado no inicio da manhã de ontem na Colônia Maciel. Quatro homens encapuzados invadiram o veículo de transporte coletivo no qual viajavam, além do motorista e cobrador, quatro passageiros e mandaram todos descerem do ônibus, ao qual logo a seguir atearam fogo. Ninguém ficou ferido, mas o veículo foi completamente queimado.

A ação criminosa será investigada em Inquérito Policial pela 2ª Delegacia de Polícia. Em principio, não há acusações nem suspeitos de terem praticado o ato de vandalismo contra o patrimônio da empresa.

DIFERENÇAS

Enquanto isso, as relações entre gestores e sindicalistas literalmente esquentaram. Ainda na quarta-feira, segundo dia da greve que paralisou a linha Interbairros, a 3ª Vara do Trabalho de Pelotas expediu Liminar pela qual “obriga o STTRP a permitir que 30% da frota da Empresa saia às ruas para atender seus usuários”. A empresa também acusou o Sindicato de impedir que os trabalhadores ingressem nas suas dependências e saiam para trabalhar.

“Os trabalhadores querem trabalhar, inclusive assinaram um documento no qual expressam que são contrários à mudança a que o Sindicato está tentando impor”, garante Luiz Cavalheiro, advogado da Empresa São Jorge.  E cita que cerca de 60 trabalhadores, de um total de 80, entre motoristas e cobradores, assinaram espontaneamente o documento.

Sobre o incêndio do ônibus, Cavalheiro lamenta o fato e a coincidência, por ser o 1º horário após a decisão judicial, apesar de as linhas da Colônia não terem sido afetadas pela greve. Ontem mesmo, a empresa encaminhou pedido de providências à prefeitura municipal no sentido de a mesma garantir  segurança para que os usuários da Colônia continuem sendo atendidos.

ONTEM ao final da tarde, a prefeitura entregou à Empresa um documento no qual lista seis horários diários – de pico – que poderão ser atendidos aos usuários da linha Interbairros.  Portanto, a partir das 7h de hoje o primeiro carro estará na rua. Até o fechamento desta edição os gestores ainda não haviam decidido se hoje atenderão os usuários da Colônia.

“Vamos colocar os carros na rua a partir das 7h, mas caso haja qualquer ato que coloque a vida dos trabalhadores ou o patrimônio da empresa em risco imediatamente paralisaremos”, garantiu Cavalheiro.

Ainda de acordo com o advogado, com a greve na linha Interbairros, diariamente entre sete e nove mil usuários ficam sem transporte coletivo em Pelotas. Com 30% da frota rodando é possível atender cerca de 50% dos usuários.

A DIREÇÃO DO STTRP, por seu presidente, Eder Blank também lamenta o “incidente” com o ônibus da Empresa e garante que não está fazendo nada para impedir que 30% da frota saia às ruas e atenda aos usuários da linha Interbairros, assim como nunca impediu os ônibus da Colônia de fazerem seus itinerários. Blank voltou a afirmar que “houve coação aos trabalhadores da São Jorge para que assinassem documento no qual se dizem contrários ao fim do intervalo na jornada de 7 horas e 20 minutos”.

O sindicalista também garante que a greve vai continuar. Apenas 30% dos ônibus da empresa, segundo ele, quatro, serão liberados para deixar o pátio e saírem para atender a população usuária da linha Interbairros a partir de hoje.

Eduardo apela ao entendimento

O prefeito Eduardo Leite acompanha com preocupação o desenrolar dos acontecimentos que envolvem o impasse entre o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Pelotas e a Empresa São Jorge, na expectativa que a negociação pacífica e serena seja o método escolhido pelas duas partes para resolver as diferenças e recuperar a normalidade da atividade de transporte coletivo na cidade. Para tanto, apelou ao entendimento em busca de solução e recomendou o contato com o comando local da Brigada Militar para que a segurança do serviço seja garantida. Eduardo lembra que de todo o episódio quem realmente sai mais prejudicado é a população usuária do transporte, e espera que o fim das diferenças aconteça o mais breve possível.

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