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POMARES : Sistema de Alerta para monitorar insetos-praga reinicia na região

POMARES : Sistema de Alerta para monitorar insetos-praga reinicia na região
21 agosto
09:07 2018

Recomeça nesta semana mais uma temporada do Sistema de Alerta para Monitoramento e Controle da Mosca-das-Frutas nos pomares de pessegueiros da Metade Sul do Rio Grande do Sul.

A estratégia da pesquisa agropecuária de apoio ao setor de produção do pêssego vem dando certo há oitos anos. No ano passado o programa se expandiu para região da Serra, mas esta safra 2018/2019 traz novidades: mais armadilhas para diferentes espécies de moscas.

A primeira reunião de monitoramento com as instituições parceiras e a divulgação dos boletins informativos, da região de Pelotas, acontece nesta quarta-feira. A atividade é uma iniciativa da Embrapa Clima Temperado (Pelotas,RS) e Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves, RS), em conjunto com a Emater/RS-Ascar, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Sindicato das Indústrias de Doces e Conservas Alimentícias de Pelotas (Sindocopel), Associação dos Produtores de Pêssegos de Pelotas, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pelotas e Secretarias de Agricultura dos municípios de Canguçu, Morro Redondo e Pelotas.

 

MAIS ARMADILHAS

Na região de Pelotas, as estações de monitoramento do comportamento do inseto continuam as quatro áreas, duas no interior de Pelotas, uma em Canguçu e outra em Morro Redondo, mas nesta safra 2018/2019 serão avaliadas com maior atenção a presença, ou não, da Grafolita e da mosca Ceratitis Captata.”Em cada estação de monitoramento foram instaladas 10 armadilhas para Anastrepha fraterculus, cinco para Grafolita ( a mariposa oriental) e cinco para Ceratitis Captata“,confirmou o pesquisador que coordena as ações pela Embrapa, Dori Edson Nava do laboratório de Entomologia.

ARMADILHAS foram colocadas em Pelotas, Canguçu e Morro Redondo

ARMADILHAS foram colocadas em Pelotas, Canguçu e Morro Redondo

Os pomares monitorados pelo Sistema de Alerta utilizarão armadilhas McPhil e o uso de proteína hidrolisada, que já vinha sendo realizado. “Vamos disponibilizar a Ceratrap para a captura da Anastrepha, pois esta proteína tem maior eficiência em relação as demais proteínas de acesso no mercado”, disse Nava. E para captura das outras espécies de insetos-pragas serão utilizadas armadilhas Delta com o uso de uma proteína sintética, que imita o feromônio natural. “A infestação desses insetos-praga são detectadas nas armadilhas do Sistema de Alerta, quando para Anastrepha e Ceratitis há a captura de 3 moscas/armadilha/semana; para Grafolita, são 20 machos/ armadilha/semana”, explica Nava. A presença da Grafolita na safra anterior aconteceu no período pós-colheita – entre fevereiro e março – portanto, os cuidados se devem para prevenção não somente em colheita das frutas, mas para todos os períodos de desenvolvimento da cultura.

O Sistema de Alerta passa a partir desta semana de 20 de agosto a realizar durante os primeiros três dias de todas as semanas – segundas, terças e quartas-feiras – até o final da safra do pêssego, que ocorre em meados de janeiro, o monitoramento nas quatro áreas territoriais para contagem de moscas, caso apareçam, e possam indicar estratégias de manejo para os produtores nos pomares.

As projeções, segundo o pesquisador, é que em suas bases de dados, já foram registradas a presença de mosca-das-frutas numa quantidade bem superior que em outros anos. “É necessário para o período uma maior avaliação, para confirmar essa tendência e quais ações devem ser orientadas”, confirmou o pesquisador.

RASTREABILIDADE

Já foram realizadas duas reuniões preparatórias com as instituições parceiras do Sistema de Alerta para afinar detalhes de atuação. O representante do Sindocopel, Claudio Almeida, reforçou a importância de realizar o Sistema de Alerta junto aos produtores pelo fato que ele é um exercício muito próximo para atender a Instrução Normativa Conjunta n° 02-2018 – MAPA-ANVISA, com relação à Produção Integrada de frutas frescas e Controle de Resíduos de Agrotóxicos. Esta normativa fiscalizará o uso de procedimentos para a aplicação da rastreabilidade ao longo da cadeia produtiva de produtos vegetais frescos destinados à alimentação humana, para fins de monitoramento e controle de resíduos de agrotóxicos, em todo o território nacional. “Há uma tabela que estabelece prazos para implementação da rastreabilidade. No caso do pêssego, a cadeia produtiva terá 720 dias adotar os procedimentos”, adiantou Almeida.

O Sistema de Alerta da Mosca-das-Frutas traz como resultado final produtos de mais qualidade pelo fato de uso mínimo de produtos químicos para combate as pragas. Com a retirada de produtos da grade do Mapa, o cardápio de agrotóxicos para os produtores deste setor ficou limitada. Para atender na nova norma será bem mais fácil quem estiver inserido no conjunto de práticas e alternativas que a pesquisa agropecuária está oferecendo aos produtores de pêssego.

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