Diário da Manhã

Professor Rui Alves é único da região no projeto “Pré-Enem” da SEDUC

Por Carlos Cogoy

Rui Alves é professor de química e lecionou no Assis Brasil

O desafio surpreendeu a área da educação. Com a pandemia e o distanciamento social, escolas procuraram adaptar-se ao ensino remoto. O que era especulado como possibilidade, a médio ou longo prazo, tornou-se urgência para manter o ritmo da aprendizagem. As experiências têm erros e acertos, mas a tecnologia está se consolidando como importante aliada da educação. No Estado, desde 18 de maio, está no ar o programa “Pré-Enem”. A iniciativa é da Secretaria da Educação (SEDUC/RS), e está proporcionando aulas através da tevê. Os conteúdos programados para o ENEM, estão sendo ministrados por professores selecionados. A Zona Sul está representada pelo professor de química Rui Alves.

PRÉ-ENEM – Em Pelotas, Rui Alves lecionou nas escolas estaduais Félix da Cunha e Assis Brasil. Atualmente, ministra aulas no Povo Novo e, como professor substituto, na FURG. Para participar do “Pré-Enem” na TV Educativa (TVE), ele inicialmente foi indicado pela 18^a CRE. A seguir, houve a seleção de currículos na SEDUC. Os classificados enviaram vídeo de apresentação. Até então, conforme explica, jamais havia gravado videoaulas. Aprovado, Rui Alves foi um dos treze selecionados, e o único da região sul. E coube a ele estrear o projeto em maio. Desde então, o Pré-Enem oferece, de segunda a sexta, quatro aulas com diferentes conteúdos. As gravações são semanais, acontecem no estúdio da TVE, e projeto terá sequência até 31 de outubro. Rui observa que, além do Estado e País, o programa também teve visualizações no Uruguai, Argentina e Estados Unidos. O Pré-Enem é transmitido das 19h às 23h, e reprisado na TV Assembleia. Além disso, também pode ser assistido no canal TV SEDUC no Youtube, e fanpage da TVE.

Gravações semanais na TVE em Porto Alegre

EDUCAR – Natural de Porto Alegre, Rui Alves estava com oito meses, quando veio residir com a família em Pelotas. Ele morou na Guabiroba, estudou no Sylvia Mello e Adolfo Fetter, graduando-se em química pela UFPel. Na FURG,  mestrado e doutorado. Ele reflete: “Acredito que é um caminho sem volta, o que não é negativo. Observo que as aulas, por meios eletrônicos, já vinham se tornando necessárias. Afinal, nas escolas estamos ‘disputando’ com os smartphones e computadores. A adequação era iminente, e a pandemia apenas acelerou o processo. Entretanto, as aulas remotas jamais irão superar o contato entre o professor e o aluno, a convivência dos estudantes, bem como o ambiente escolar. As tecnologias vieram para auxiliar o processo de ensino-aprendizagem, e jamais o professor será substituído por um vídeo”.