Diário da Manhã

quinta, 28 de março de 2024

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Produção industrial gaúcha recua em fevereiro

26 março
15:25 2015

Levantamento da FIERGS também aponta queda no emprego

Porto Alegre, 26 de março de 2016 – O cenário descrito pelos industriais gaúchos em fevereiro não mostrou qualquer sinal de reversão no quadro de desaquecimento do setor fabril. Na comparação com janeiro, o índice de produção recuou 3,0 pontos, totalizando 40,6. Conforme o levantamento da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), o emprego (46,6 pontos) completou um ciclo de dez meses em queda e a ociosidade da Utilização da Capacidade Instalada (33,7 pontos) é a maior já apurada nesse período.  “A indústria começa o ano com a atividade em baixa e perspectivas cada vez mais desalentadoras. Diante disso, as expectativas dos empresários continuam se deteriorando, indicando que esse quadro tende a se manter, o que deprime os investimentos e o mercado de trabalho”, avaliou o presidente da entidade, Heitor José Müller.

Em fevereiro, mesmo sendo um mês de sazonalidade positiva, a fragilidade do setor também ficou demonstrada pelos estoques de produtos finais excessivamente acima do planejado. Esse indicador subiu 5,9 pontos e somou 56,9.

Com exceção das exportações, as expectativas para os próximos seis meses continuaram negativas e mais disseminadas entre os empresários. Nesse sentido, a demanda interna (47,3 pontos) deverá continuar caindo e impactando negativamente o emprego (44,1 pontos) e as compras de matérias-primas (45,3 pontos). Já o indicador sobre as vendas externas voltou a crescer (53,1), influenciado pela alta do dólar.

Desenvolvida mensalmente pela FIERGS, a Sondagem Industrial RS varia numa escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima de 50 pontos significa maior otimismo e abaixo indica pessimismo. Apenas a variável de estoques em comparação ao planejado é avaliada como negativa acima dos 50 pontos.

SONDAGEM INDUSTRIAL

Indicador JAN/15 FEV/15 Média histórica O que representa
Produção 43,6 40,6 49,7 Queda da produção
Número de empregados 46,4 46,6 48,9 Queda no emprego
UCI efetiva-usual 36,4 33,7 45,8 UCI se afasta ainda mais do usual
Evolução dos estoques 51,6 53,0 51,9 Estoques aumentam
Estoque efetivo-planejado 51,0 56,9 53,2 Estoques se afastam do planejado

Fonte: Unidade de Estudos Econômicos da FIERGS

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