Diário da Manhã

quarta, 24 de abril de 2024

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Refugiados que vem do Haiti não têm orientação sobre o Brasil

07 fevereiro
09:29 2014

Ano passado 21 mil haitianos chegaram ao País. Eles sofrem discriminação e não têm assistência .

Doutorando Renel Prospere há dez anos está radicado no Brasil

Doutorando Renel Prospere há dez anos está radicado no Brasil

O Haiti é aqui. Imigrantes que fogem da pobreza e falta de perspectivas, deparam-se com falta de assistência social e orientação profissional no Brasil. Com status de “refugiados”, conforme resolução do governo federal em 2012, os haitianos têm chegado ao País – especialmente através do Acre -, muitas vezes portando apenas uma pequena mochila. Eles saem do país devastado por terremoto há quatro anos, com a esperança de oportunidade de trabalho e vida digna. Mas, desconhecendo a realidade brasileira, e dispondo de pouca capacitação e formação, tornam-se mão-de-obra barata aos exploradores de plantão. Além disso, no Estado, em locais como Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Garibaldi, onde têm se concentrado, são vítimas de preconceito e discriminação. A observação é do haitiano Renel Prospere, há dez anos radicado no Brasil. Doutourando em educação ambiental na FURG, Renel cursou mestrado na Faculdade de Educação (FaE/UFPel). Ele tem participando de reuniões que visam a organização de instância representativa dos haitianos no Brasil.

NECESSIDADES – Renel salienta que o Brasil abriu portas, mas faltam políticas públicas para o acolhimento e orientação dos imigrantes. Ao deixar a terra natal, os haitianos iludem-se com uma “promessa de Brasil”. Mas ao chegar, verificam que a penúria e miséria prosseguirão. A maioria tem baixa qualificação, e a perspectiva possível é do canteiro de obra e trabalho braçal. “O governo brasileiro, os consulados, deveriam explicar sobre a situação que o imigrante irá encontrar por aqui. Além disso, àqueles que chegaram e estão a caminho, creio que são necessários cursos de curta duração. Trata-se de capacitação técnica para a rápida inserção no mercado de trabalho. Ao invés do acolhimento digno, observamos e denunciamos que há muitos refugiados instalados de forma rudimentar. Inúmeros imigrantes estão alojados em galpões, à mercê de enfermidades em decorrência da precariedade até em relação à higiene”, diz o pesquisador.

UNIÃO dos imigrantes será formalizada através de núcleo, ONG ou associação. A ideia é estabelecer diálogo institucional, pois além da questão profissional, também há conflitos decorrentes do preconceito e discriminação. Em cidades conservadoras da serra gaúcha, os refugiados também não conseguem a inserção na vida comunitária.

Quarta teatral no bar João Gilberto

Atrizes Ana Alice e Joice Foto:Marcelo Soares

Atrizes Ana Alice e Joice Foto:Marcelo Soares

Dia 12 às 21h acontecerá a primeira edição do “Quarta da Cia. no João”. Trata-se de iniciativa da Companhia Pelotense de Repertório Teatral, que está completando oito anos. Conforme a autora e atriz Joice Lima, se for positiva a acolhida à iniciativa, possibilidade de periodicidade mensal. O JG está situado à rua Gonçalves Chaves 430, e os ingressos antecipados custam R$10,00. Na hora será R$15,00. Informações e reservas: (53) 8156.6043 e 8451.7113.

ATRAÇÕES da “Quarta da Cia”: esquete baseado em “A Polaquinha”, autoria de Dalton Trevisan – o “vampiro de Curitiba” -, com a interpretação de Val Fabres e direção de Laerte Pedroso e Ana Alice Muller. Na sequência, bom humor com a atriz Márcia Monks, que estará animando o público. A seguir, o divertido esquete “Gilda”, que reúne as atrizes Ana Alice Muller e Joice Lima. Texto e direção são de Joice. Nos bastidores da promoção, os demais integrantes do grupo: Neusa Maria Kuhn; Paula Brandão; Dagma Colomby; Franciele Neves e Celio Soares Júnior.

GILDA é personagem que não é mera coincidência com o ícone do cinema, consagrado na interpretação sensual e glamurosa de Rita Hayworth. Ana Alice menciona: “A Gilda é uma dessas mulheres de bem com a vida, que não tem vergonha de contar o que viveu. E olha que ela viveu muito. Flertando com a plateia, ela conta, com humor, seu fraco pelas cantadas de pedreiros, o drama de pegar o noivo com outra às vésperas do casamento, a maneira de superar uma traição”. A estreia ocorreu a 7 de dezembro de 2010, e o local foi a Associação Beneficente dos Aposentados e Pensionistas de Pelotas (ABAPP). O esquete também já foi apresentado na Fenadoce (2013), e na 1ª Mostra de Teatro da Companhia Pelotense de Repertório Teatral, que aconteceu em julho na Bibliotheca Pública Pelotense (BPP).

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