Diário da Manhã

O Brasil enfrenta um adversário já eliminado da Copa do Mundo, segunda-feira, no Mané Garrincha, em Brasília. A situação de Camarões não pode representar relaxamento nesta última rodada da primeira fase. O grupo brasileiro usa o exemplo das surpresas neste torneio para seguir alerta para qualquer risco de tropeço. O momento é de ser competitivo e não de dar espetáculo, como a torcida gostaria de ter visto nos dois primeiros jogos.

“É claro que eu queria tivéssemos feito grandes jogos, que todos estivessem elogiando a seleção pelos espetáculos. Mas, de repente, se isso tivesse acontecido, não teríamos tido a oportunidade de enxergar o valor real de uma Copa do Mundo. Vai ser sempre assim, difícil, com muita luta. Você tem de saber sofrer. Em um jogo, você vai lutar por 90 minutos e só comemorar no final”, disse o zagueiro David Luiz em entrevista coletiva nesta sexta-feira.

Comissão técnica do Brasil comanda treino dedicado ao aprimoramento de fundamentos técnicos
Foto: Gaspar Nóbrega/Vipcomm

Para se classificar, o Brasil precisa do empate. Com mais um ponto, o time de Luiz Felipe Scolari assegura pelo menos o segundo lugar do Grupo A – independente do resultado do jogo entre Croácia e México. Mas pode perder a primeira colocação, caso haja vencedor na outra partida. Com a vitória, a Seleção Brasileira se classifica na primeira colocação do grupo.

FINALIZAÇÕES – Três dias após o empate com o México, Felipão optou pela realização de um treino de fundamento nesta sexta-feira na Granja Comary, em Teresópolis. Os zagueiros treinaram as jogadas de bola aérea, com a orientação do auxiliar Flávio Murtosa. Os demais jogadores exercitaram as jogadas de triangulares e cruzamentos para a finalização dos atacantes.

O goleiro Júlio César realizou apenas trabalho na academia. O treinador faz mistério sobre a escalação para enfrentar Camarões. Luiz Felipe sinalizou com a hipótese de fazer modificações na escalação brasileira, após o empate sem gols com os mexicanos.

Fonte Nova: palco de grandes clássicos e goleadas históricas

Francês Giroud fez o primeiro dos sete gols da partida desta sexta-feira na Fonte Nova

A Bahia de todos os santos está sendo abençoada nesta Copa do Mundo. A Arena da Fonte Nova tem sido palco de grandes clássicos do futebol mundial e também tem registrado goleadas históricas. Foi no estádio baiano que a Holanda aplicou 5 a 1 na atual campeã mundial, a Espanha. Depois, a Alemanha submeter o melhor jogador do mundo, Cristiano Ronaldo, ao vexame de ver Portugal levar 4 a 0. E ontem a França aplicou 5 a 2 na Suíça.

O jogo desta sexta-feira foi o de mais gols marcados nesta Copa, que chama atenção pela elevada média de gols por partida. A equipe francesa aplicou 5 a 2 na Suíça e pode ter sido mais. Benzema desperdiçou um pênalti no primeiro tempo – defendido pelo goleiro suíço Benaglio. Depois, quando o árbitro holandês, Björn Kuipers, apitava o encerramento da partida, Karim Benezema acertava um lindo chute, marcando o sexto gol da França, que acabou não sendo validado.

Em três partidas, a Fonte Nova foi palco de 17 gols. A média é de 5,66 por jogo. O estádio de Salvador vai receber ainda mais uma partida pela fase de grupos. Será entre Bósnia e Irã na quarta-feira.

A Fonte Nova foi também palco do primeiro gol em cobrança de falta com barreira entre os 76 já marcados na competição. Coube ao suíço Dzemailli à primeira finalização acertada neste fundamento e tendo Benzema novamente como personagem. O francês levantou o pé no momento da cobrança e bola passou exatamente por ali para chegar à rede.