SANEP: Greve começa com falta de água
Os serviços essenciais – tratamento de água e abastecimento, mais tratamento de esgotos – estão funcionando parcialmente, com 30% do pessoal responsável pela sua prestação. A adesão à greve dos servidores do Sanep, no primeiro dia de paralisação, foi considerada positiva pela direção do Sindicato dos Servidores Municipais de Saneamento Básico de Pelotas(Simsapel.
“A adesão é muito boa, consistente, inclusive por servidores com mais de 30 anos de serviço e que nunca participaram de uma greve”, garante o presidente do Simsapel, Renato Abreu, confirmando que há servidores de todos os setores em greve, inclusive os burocráticos. Nesta segunda-feira, houve piquetes em diversas frentes.
À tarde, a Redação do Jornal Diário da Manhã recebeu diversos telefonemas de pessoas principalmente do bairro Fragata e Simões Lopes, que se queixavam de não estar recebendo água em suas residências. A direção do Sanep, através do presidente, Jacques Reydams, confirmou a falta do produto devido “alguns rompimentos de adutoras, dentre elas a do Santa Bárbara, Sinotti, Moreira e Simões Lopes”. Reydams garantiu, no entanto, que a Autarquia estava fazendo o possível, com o efetivo disponível, para sanar o problema.
CONVERSAÇÕES – Ainda de acordo com o gestor, o dia ontem também foi de avaliações pelos administradores sobre a paralisação. “Nossa preocupação é não deixar a população sem água”, revelou. Ele disse também existir a possibilidade de ainda esta semana acontecer nova rodada de negociações entre o Sanep e o Sindicato dos Servidores.
DIFERENÇA – Desde o inicio das negociações, os servidores estão pedindo 12,7% de reajuste, nos salários e no vale-alimentação. Num primeiro momento, a direção do Sanep acenou com 5,73%; depois, mudou para 6%. Isso significa o INPC do período. E não foi aceito pelos servidores, que em assembleia decidiram pela greve. Na última greve na Autarquia, em 2012, os servidores paralisaram os serviços durante 11 dias. E não obtiveram nenhuma conquista.
“Desta vez só voltaremos com o atendimento de nossas reivindicações”, garante Renato Abreu.