Prefeito recebe dirigentes do Simsapel hoje
Após suspensão da greve, encontro na prefeitura nesta quinta-feira pode definir rumo do movimento que na segunda-feira completou 71 dias.
As negociações entre o Sindicato dos Servidores Municipais do Saneamento Básico de Pelotas(Simsapel), prefeitura e gestores do Sanep com vistas ao reajuste salarial dos servidores da Autarquia voltam à mesa nesta quinta-feira às 10h no gabinete do prefeito Eduardo Leite. O encontro entra na pauta após os servidores interromperem na segunda-feira a greve que perdurou por 71 dias. O retorno dos servidores grevistas, ao trabalho, ocorreu, efetivamente, ontem. A decisão de aceitar o pedido do prefeito de uma pausa na greve para reinício das conversações e negociações ocorreu na sexta-feira da semana passada, conforme manchete do Diário da Manhã na edição de sábado, dia 27.
SEM REAJUSTE, durante a greve, servidores protestaram de diversas formas contra a posição dos gestores
FOTO: Alisson Assumpção/DM
“Vai ser um recomeço nas negociações e estamos na expectativa de que haja avanços para que todos saiamos ganhando, principalmente a comunidade”, adiantou o presidente do Simsapel, Renato Abreu, que vai para a reunião desta quinta-feira acompanhado de dirigentes sindicais que integram a comissão de negociações. A expectativa maior dos servidores fica por conta da “proposta” que lhes será apresentada pelos gestores para que não seja preciso retornar à greve.
Após a reunião com os gestores, os dirigentes sindicais vão se reunir para deliberar sobre a convocação de assembleia geral da categoria na qual será discutido os rumos do movimento grevista.
“Vamos ouvir a posição da prefeitura e da Autarquia e discutir na defesa dos interesses da categoria, mas a decisão final será tomada em assembleia, pelos servidores”, garante Abreu.
DIFERENÇA – Desde o inicio das negociações, os servidores estão pedindo 12,7% de reajuste, nos salários e no vale-alimentação. Num primeiro momento, a direção do Sanep acenou com 5,73%; depois, mudou para 6,8% nos salários e 7,7% no vale-alimentação. A contraproposta dos gestores não foi aceito pelos servidores, que em assembleia decidiram pela manutenção da greve, interrompida na segunda-feira após 71 dias de paralisação.
