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quinta, 25 de abril de 2024

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TRANSPORTE PÚBLICO : Prefeito busca acordo com a Câmara para fazer licitação

24 abril
09:32 2015

A reunião durou cerca de três horas. Treze vereadores ouviram, atentamente, o prefeito explicar os motivos que o levaram a reconhecer que a licitação do transporte coletivo de Pelotas estava errada e apresentar uma proposta de acordo com o Legislativo para realizar uma nova concorrência pública.

As mudanças a serem feitas, de acordo com o prefeito, tiveram como parâmetro o Decreto Legislativo da Câmara que visava suspender a licitação.“Mesmo que o Decreto tenha sido questionado por nós (Prefeitura) é um parâmetro para ser discutido aqui”, afirmou Eduardo Leite.

Para o presidente da Câmara, vereador Ademar Ornel (DEM), “o Legislativo cumpriu seu papel e a atitude do prefeito em buscar o diálogo para corrigir determinados pontos demonstra isso”. A licitação, em seu entender, “é um processo que envolve milhares de pessoas por dia e a Câmara não pode tomar decisões apressadas mudando leis que foram construídas após debates com diversos segmentos da sociedade”.

Ao final da reunião o prefeito disse que enviará à Câmara novo projeto de lei para alterar o artigo 30 da Lei 5.854/2011, permitindo a licitação conjunta do transporte coletivo urbano e rural. O governo foi derrotado na Justiça, por meio de liminares, por não ter cumprido a legislação em vigor, que obriga a realizar primeiro a licitação do transporte urbano para depois a do transporte rural, ao redigir o edital de licitação.

Eduardo reconheceu equívocos durante reunião de três horas com um grupo de vereadores. Prefeito anunciou novo projeto de lei e garantiu que vai realizar a licitação, mesmo que seja só a urbana. “É uma questão intransponível. Não vou considerar os interesses de segmentos nem de interesses coorporativos”, afirmou.

Eduardo reconheceu equívocos durante reunião de três horas com um grupo de vereadores. Prefeito anunciou novo projeto de lei e garantiu que vai realizar a licitação, mesmo que seja só a urbana. “É uma questão intransponível. Não vou considerar os interesses de segmentos nem de interesses coorporativos”, afirmou.

Os vereadores concordaram em discutir o projeto quando chegar à Casa. O presidente garantiu que todos querem a licitação, “mas a lei deve ser obedecida por uma questão de segurança jurídica das partes envolvidas”. Segundo Ornel, “não se mudam leis por decisões pessoais. Ou elas são submetidas à Casa Legislativa ou discutidas no Tribunal de Justiça, que são os dois fóruns competentes”.

ACORDO – A segunda parte da reunião tratou dos itens do Decreto Legislativo que o prefeito aceitou corrigir no edital de licitação. Os parlamentares apresentaram vários questionamentos, sugerindo, inclusive, que outros encontros ocorram para que todas as dúvidas sejam esclarecidas.

O prefeito apresentou as mudanças para se adequar à proposta da Câmara. A primeira diz respeito à prorrogação da concessão. O edital original, suspenso pela Justiça, garantia um prazo de concessão por 15 anos, sem prorrogação. Pelo Decreto Legislativo, haverá prazo de prorrogação de dez anos.

EDUARDO reconhece equívocos e encaminha novo projeto

EDUARDO reconhece equívocos e encaminha novo projeto

O governo aceitou excluir a participação de empresas estrangeiras da licitação, expressa na legislação municipal vigente e colocada no Decreto Legislativo. O prefeito também acolheu a inclusão dos indicadores contábeis das empresas que participarem do certame.

Duas questões geraram polêmica. A manutenção e a estabilidade dos trabalhadores. Segundo o prefeito, o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado já decidiram pela ilegalidade dos dois itens. Já o presidente do Legislativo disse que existem correntes contrárias a essa posição, e “são fortes”. “Não sou eu quem vai tirar a estabilidade do trabalhador, pois o meu voto é pela manutenção desta causa e deste artigo. Ou muda na Câmara ou no Tribunal de Justiça”, afirmou.

Por outro lado, será mantido o cargo de cobrador, “mas não o funcionário atual”, afirmou o prefeito.

Também ficaram sem acordo os itens: indenização das empresas e o parecer prévio do Conselho Municipal de Trânsito, que, segundo o Decreto Legislativo deve ser ouvido “para garantir o processo democrático na gestão do transporte público em Pelotas”. Para o vereador Marcos Ferreira (PT), a indenização precisa ser melhor discutida. “Não podemos deixar que a conta venha cair um dia no colo da população. Este é um item que precisa ser resolvido”, afirmou.

Apesar das divergências, o prefeito garantiu: “vou fazer a licitação mesmo que seja só urbana, é uma questão intransponível. Não vou considerar os interesses de segmentos nem de interesses corporativos”.

 

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