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quinta, 25 de abril de 2024

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UBS Balsa: só seis fichas por dia comprometem atendimento da população

26 agosto
15:30 2014
“Quem precisa de atendimento se obriga a ir para a fila na madrugada disputar uma das seis concorridas fichas distribuídas por dia”, disse o  vereador Marcos Cunha, líder da bancada do PDT

“Quem precisa de atendimento se obriga a ir para a fila na madrugada disputar uma das seis concorridas fichas distribuídas por dia”, disse o vereador Marcos Cunha, líder da bancada do PDT

Reduzido número de médicos e de fichas para consultas diárias, dificuldade de acesso aos exames e venda de fichas na fila foram alguns dos problemas constatados pelo presidente da Comissão de Saúde da Câmara, vereador Marcus Cunha (PDT), em mais uma reunião itinerante, na manhã do dia 25 de agosto.. O encontrou ocorreu na Unidade Básica de Saúde (UBS) Raimundo V. Cunha, localizada na Balsa.

A ginecologista e a enfermeira da Unidade estão de licença por problemas de saúde e não foram substituídas. Em razão disso, as consultas são realizados somente nas segundas, terças e quartas-feiras por uma médica da Unidade Básica de Atendimento Imediato (UBAI) do Navegantes. “Quem precisa de atendimento se obriga a ir para a fila na madrugada disputar uma das seis concorridas fichas distribuídas por dia”, disse o líder da bancada do PDT em sua manifestação na tribuna, na terça.

Outra queixa foi a dificuldade de acesso a exames e a perda de requisições. Em dois casos específicos, moradoras relataram que aguardam por exames há cinco e três anos, respectivamente. “Sabemos que a realização de uma mamografia fora de época pode acabar com a vida de uma mulher”, afirmou Marcus. Segundo o vereador, Pelotas não possui um sistema de controle adequado e “o programa Aghos é considerado caro e ineficiente”, frisou.

Em três denúncias feitas à Comissão de Saúde, as autoras pediram para não ser identificadas por medo de represália. Aos 59 anos, a dona de casa N.S. contou que já pagou R$ 15,00 para conseguir uma ficha. “Tem gente que vem para a fila na madrugada, deixa cadeira acorrentada na grade e volta na primeira hora da manhã para pegar ficha e vende. Quando a gente precisa de atendimento urgente acaba pagando”, ressaltou indignada.

Outra reclamação foi feita pela dona de casa S.S., 36 anos. Segundo ela, uma das pediatras chega à UBS por volta das 10h30min e outra nem sequer toca na criança para examinar. “Um dia a pediatra disse para eu levar minha filha ao Pronto Socorro, que ela atenderia lá”. Outra queixa foi da dona de casa P.V. ao contar que há pouco a filha dela teve faringite e a médica disse que se tratava de uma virose.

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