Vacinação contra a HPV é suspensa em Pelotas
A Secretaria de Saúde (SMS) informa que a vacinação contra a HPV (Papiloma Vírus Humano) em meninas de 11 a 13 anos está suspensa em Pelotas, até que chegue o novo lote de vacinas, do Ministério da Saúde (MS). A medida segue orientação estadual, após o registro de dois eventos adversos graves, no Rio Grande do Sul, esta semana. “Em Pelotas tem corrido tudo dentro do normal, nenhum registro de evento adverso grave. Mesmo assim, por precaução, estão sendo recolhidas as doses de todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e está suspensa a agenda de vacinação nas escolas até que chegue o novo lote”, explica a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Maria Regina Gomes.
Durante a vacinação não ocorreu nenhum registro de evento adverso grave
Foto: Flávio Neves
Nos dois casos adversos graves registrados no Estado, na semana passada, as meninas tiveram convulsões cerca de uma hora após receberam a primeira dose da vacina. As duas adolescentes estão com acompanhamento médico, embora passem bem e não tenham precisado de internação. Os casos estão sendo investigados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).
O Ministério da Saúde considera as reações “graves” porque não há descrição na literatura médica de convulsões como efeitos colaterais após a aplicação da vacina anti-HPV.
A Campanha Nacional de Vacinação contra o HPV começou no dia 10 de março, no Brasil. A dose protege contra quatro tipos de HPV (os tipos 6, 11,16 e 18). O vírus HPV pode causar câncer de colo de útero – o MS estima que, em cada 100 mil mulheres brasileiras, de 17 a 20 desenvolvem essa grave doença -, que ocupa o quarto lugar no ranking nacional de causas de morte em mulheres e a terceira posição no Rio Grande do Sul.
