Diário da Manhã

sexta, 26 de abril de 2024

Notícias

FOCO DIRECIONADO : Extracampo não interessa

17 outubro
10:34 2014
Zimmermann não quer desperdiçar energia com discussão do extracampo Foto: Carlos Insaurriaga/Assessoria GEB

Zimmermann não quer desperdiçar energia com discussão do extracampo
Foto: Carlos Insaurriaga/Assessoria GEB

Zimmermann diz que é a qualidade das equipes que vai decidir a vaga

Nem as dimensões do gramado no Estádio Elmo Serejo Farias (Boca do Jacaré), nem horário da partida, nem alta temperatura e umidade relativa do ar em torno de 20% preocupam o técnico Rogério Zimmermann. Sua única atenção é para a qualidade do time do Brasiliense no jogo decisivo deste domingo, às 16h, em Taguatinga, valendo vaga na Série C do Campeonato Brasileiro. “Nossa preocupação é sempre com o adversário, com a qualidade do adversário”, afirma.

O treinador entende que a discussão dessas questões extracampo gera desgaste desnecessário. “Se desperdiça muita energia discutindo o horário do jogo, por que desse ou daquele horário e outra coisas extracampo, quando o que decide é a qualidade das equipes”, comenta.

Para voltar de Brasília com a tão esperada vaga na Série C, o Brasil necessita repetir o que fez até agora na quarta divisão nacional. Zimmermann cita que sua equipe ficou com o primeiro lugar da chave na primeira fase, permanecendo sempre entre os dois primeiros colocados, e passou com autoridade pelo Operário do Mato Grosso no confronto das oitavas de final. Agora, nas quartas, está com a vantagem sobre o Brasiliense por ter vencido o primeiro jogo por 2 a 1 no Bento Freitas.

“O Brasil precisa fazer o que tem feito até aqui”, ressalta o treinador. Ele garante que está preparando sua equipe, contando com a hipótese de que Luquinhas (destaque do Brasiliense) possa estar em campo, embora o site do clube de Brasília informe que o atacante está fora da decisão. “Numa hora decisiva, os jogadores se superaram”, completa Zimmermann.

Mistério sobre time de Brasília

André Luis: lembrado

André Luis: lembrado

Antes da decisão, o clima é de mistério no Brasiliense. Como o Brasil, a equipe de Brasília tem treinado com os portões fechados na Arena do Jacaré – local da partida deste domingo. O treinador Marcos Soares admite até escalar o time com três zagueiros, com a entrada do experiente André Luis ao lado de Fábio Braz e Felipe. O site do clube continua sustentando que o meia-atacante Luquinhas está fora da partida por causa de uma lesão muscular.

Se Luquinhas não jogar, Soares pode optar pelo meia Peninha ou pelo atacante Romarinho. Este último foi o autor do gol do time titular no treino tático desta quinta-feira. O volante Ederson ou até o zagueiro André Luis são também alternativas possíveis. O que é certo é a ausência de Rodrigo e Claudecir, que estão com três cartões amarelos. Os ingressos vão custar apenas R$ 5,00.

Lesão ou blefe?

Rogério Zimmermann desconfia que Luquinhas possa jogar domingo. O Brasiliense (através de seu site, que faz uma cobertura profissional das atividades do time) garante que o atacante está fora da decisão. A discussão tem sentido: Luquinhas é um dos jogadores mais importantes do time candango. O Alex Amado deles. O velocista, que fecha no meio-campo e sai rápido para o ataque.

A ausência dele, se confirmada, enfraquece o ataque do Brasiliense, que já não irá contar com Claudecir e Rodrigo, suspensos. É o trio ofensivo da equipe. Juntos eles marcaram 10 dos 18 gols da equipe na Série D. Em contrapartida, o Brasil terá a volta de Leandro Leite. Um dos líderes da equipe, jogador acostumado a vencer com a camisa rubro-negra e competente na tarefa de marcação.

O jogo tende ser assim: a necessidade do Brasiliense de marcar gol, tentando vazar a sólida defesa do Brasil, que, por sua vez, terá a proposta de explorar o contra-ataque.

Cadeia

O presidente do Brasiliense, o ex-senador Luis Estevão , está preso desde o dia 27 de setembro na penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. Ele tem a necessidade de pagar pena de três anos e seis meses de prisão por falsificação de documento público. Ele é acusado de alterar livros contábeis para justificar dinheiro de obras superfaturadas para construir o prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, quando teria desviado R$ 1 bilhão. Pelo desvio, Estevão é condenado a 36 anos prisão.  É assim, de longe, que estará acompanhando a decisão do futuro de seu time neste domingo.

Comentários ()

Seções