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sábado, 23 de novembro de 2024

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Gravidez na adolescência: queda nos números não implica em menos cuidados

Gravidez na adolescência: queda nos números não implica em menos cuidados
15 fevereiro
16:25 2019

Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) busca informar a importância de dialogar e prevenir a gestação precoce

Embora venha registrando menores casos de natalidade adolescente, no Brasil, o número ainda é preocupante e requer atenção. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de cada cinco bebês que nascem, um tem a mãe com idade entre 15 e 19 anos de idade, o que só reforça a importância de conscientizar, informar e trazer à tona a necessidade de se combater a gravidez precoce.

A médica pediatra e do Comitê de Adolescência da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Lilian Day Hagel, explica que mesmo que os registros de casos estejam diminuindo, as complicações seguem prejudicando adolescentes e por isso as campanhas de conscientização seguem sendo fundamentais.

– A gravidez na adolescência é prejudicial sob ponto de vista da perspectiva de vida do adolescente. É frequente que a mãe abandone a escola e interrompa definitivamente os estudos, o que é um fator complicador para o futuro. Além disso, uma gestação indesejada, as vezes, é fruto de relações de poder ou casos de violência, o que gera traumas permanentes – salienta a pediatra.

Lilian alerta que é preciso tratar desse assunto, seja na escola, nas famílias e principalmente em ações de políticas públicas. Abordando o assunto também com os adolescentes que podem ser pais no futuro.

– Ao contrário do que se pensa, falar sobre o assunto não estimula, mas sim conscientiza e auxilia na prevenção. É preciso que se compreenda que a sexualidade faz parte do amadurecimento. A família deve estimular o diálogo, a busca por informações, para que esse “tabu” seja quebrado e a adolescente tenha conhecimento do seu corpo e de seu aspecto biológico. Os jovens precisam compreender que, embora o corpo esteja pronto, emocionalmente pode não estar – esclarece a médica.

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