Diário da Manhã

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Indústrias gaúchas trabalham com capacidade de produção ociosa

07 novembro
16:35 2013

O nível de utilização da capacidade instalada (UCI) do setor industrial gaúcho, que mostra o quanto da linha de produção está sendo usada, caiu 1,1% em setembro em relação a agosto, totalizando um grau médio 82,1%. Foi o terceiro recuo consecutivo, descontados os efeitos sazonais. “Os resultados apontam o ambiente de dificuldades que o setor produtivo enfrenta apesar dos números positivos no ano e reforçam as perspectivas de um arrefecimento da indústria nos próximos meses”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, nesta quinta-feira (7).

O resultado faz parte do Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), realizado pela FIERGS, que também registrou retração nas horas trabalhadas na produção (-0,2%), uma estagnação que já soma quatro meses. Os demais componentes ficaram positivos: faturamento real (3,0%), compras de insumos e matérias-primas (3,1%), emprego (0,5%) e massa salarial (1,1%). A média de todas essas variáveis deixou o IDI-RS positivo (0,7%) em setembro, ante agosto.

Quando os nove primeiros meses do ano são comparados com o mesmo período de 2012, a expansão da atividade refletiu o crescimento de todos indicadores analisados, especialmente do faturamento real (10,8%) e das compras industriais (13,2%). Os incrementos das horas trabalhadas na produção (1,7%) e da utilização da capacidade instalada (0,8%) ressaltam o cenário de moderação, reforçado pelos indicadores associados ao mercado de trabalho: massa salarial (1,2%) e emprego (0,1%).

Do ponto de vista setorial, a evolução da atividade no ano que vem apresentando um perfil disseminado de crescimento. Das 17 atividades pesquisadas, 12 avançaram. Os setores de Veículos Automotores e Máquinas e Equipamentos, que expandiram 12,6% e 10,6%, respectivamente, exerceram as maiores influências positivas. Outra contribuição importante veio das indústrias de Borracha e Plásticos (7,9%). Os principais desempenhos negativos foram em Têxteis (-4,7%) e Couros e calçados (-1,9%).

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