Diário da Manhã

O prefeito Eduardo Leite determinou expressamente aos seus assessores que sejam tomadas providências imediatas para resolver os problemas que têm ocorrido na nova pista da avenida Ferreira Viana. Essa é uma das duas principais deficiências nas obras de ampliação viária executadas na cidade nos últimos anos com recursos do Banco Mundial. A outra é a da avenida Fernando Osório. Nesse caso, a prefeitura já entrou com uma ação judicial contra a Construtora Pelotense, líder do consórcio vencedor da licitação, para que a empresa faça as correções necessárias ou ressarça o valor corresponde, orçado em torno de R$ 130 mil. “Não é aceitável que esses problemas estejam acontecendo nessas duas avenidas em tão pouco tempo”, protestou Eduardo. “Isso precisa ser reparado e vamos fazer tudo o que é necessário para garantir que essas duas vias estejam de acordo com a necessidade dos usuários e com o padrão de qualidade que deveriam ter”, finalizou.

Prefeito determina que sejam tomadas providências para resolver, o mais depressa possível, as deficiências das duas obras executadas com recursos do Banco Mundial

A Fernando Osório apresenta duas principais deficiências. Uma delas são falhas no asfalto, sobretudo em pontos em que antes havia paralelepípedos. “A superfície é muito lisa, não houve a aderência que se esperava, o asfalto soltou”, analisa o chefe da Unidade de Gerenciamento de Projetos (UGP), Jair Seidel. A outra deficiência é na ciclovia, construída no canteiro central da avenida. “O projeto previa que a pista recebesse tratamento com um saibro de excelente qualidade, com ótima resistência e compactação (o CBR de 30), mas a empresa não fez conforme o projeto e o resultado são muitas declinações e problemas de escoamento na pista”, enumerou o chefe da UGP.

Como o consórcio construtor não se dispôs a corrigir os problemas, apesar de ainda haver prazo legal para que fossem executados, a prefeitura tomou as medidas cabíveis conforme a legislação.

A nova pista da avenida Ferreira Viana, no Areal, sentido Centro-Bairro, costuma apresentar fissuras e buracos com certa frequência. A prefeitura corrige as deficiências, que tornam a ocorrer porque são decorrentes de problemas de drenagem na obra realizada em 2010 pelo Projeto Pelotas Polo do Sul e também financiada pelo Banco Mundial. O assessor especial Paulo Morales antecipa que a prefeitura apresentará, em reunião com a Construtora Pelotense, marcada para esta terça-feira, 3 de dezembro, a solicitação para que sejam feitas as devidas intervenções que corrijam os problemas de origem estrutural da obra. “Estamos confiantes de que neste caso eles atenderão as solicitações e não será preciso entrar com ação judicial”, projetou Morales.

O prazo legal para que a construtora tenha responsabilidade pelos reparos se estende até 2015.