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sexta, 26 de abril de 2024

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Primeiro trimestre de apreensão no varejo gaúcho

29 abril
14:47 2015

Pesquisa realizada pela AGV mostra impacto dos fatores macroeconômicos no desempenho do setor no início de 2015

Quais foram os custos mais altos para o seu negócio neste trimestre? Essa foi uma das perguntas feita pela Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV) aos lojistas afiliados, em pesquisa sobre o cenário econômico. A resposta da metade dos entrevistados foi a alta da energia elétrica. Já 31,6% citaram o aumento dos impostos e 5,3% o preço dos combustíveis. A imensa maioria (84,2%) afirmou sentir os efeitos da inflação e igualmente 84,2% sofrem influência a alta do dólar em seus negócios.

Segundo Vilson Noer, presidente da AGV, os fatores macroeconômicos foram decisivos no aspecto anímico dos consumidores, que perceberam as dificuldades e reduziram a confiança na economia. “Se protegeram comprando menos”, afirma o dirigente.

Quase a metade (47,4%) dos varejistas consultados considera a instabilidade e a insegurança econômica os fatores que mais impactaram no desempenho do seu negócio nos três primeiros meses deste ano. Para 21,1%, o cenário está relacionado com o aumento de custos e/ou impostos e para 10,5% com a falta de confiança dos clientes na economia local.

Em um balanço sobre o desempenho do negócio no trimestre, 34,2% afirmaram ter sido negativo. O mesmo percentual (34,2%) considera neutro ou igual ao referido período de 2014. Já 31,6% acharam positivo. Quando comparado ao ano anterior, a avaliação divide opiniões: 26,3% dos comerciantes classifica de 5 a 10% melhor. O mesmo percentual acha que foi de 5 a 10% pior. Para 21,1% o trimestre foi 10% pior e 18,4% avaliam como menos de 5% pior.

Com relação à inadimplência dos clientes nos três primeiros meses de 2015, 47,4% dos lojistas a consideraram moderada, 23,7% classificaram como equivalente a 5% e 10,5% como 10%.

Terceirização

A maioria (68,4%) dos varejistas participantes de pesquisa realizada pela AGV concorda com o Projeto de Lei que altera as regras de terceirização. Do total de entrevistados, entretanto, 31,6% mostraram-se contrários ao tema. Para o presidente da entidade, Vilson Noer, o projeto é um passo importante para modernização da legislação trabalhista e poderá gerar maior segurança as empresas e aos funcionários além de ser porta de entrada para os menos qualificados servindo como preparação para o mercado de trabalho.

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