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sexta, 26 de abril de 2024

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SAÚDE: Técnicos vão à rua pelo piso regional

30 maio
15:28 2014

“O recado foi dado”. A manifestação é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Saúde(SindiSaúde) de Pelotas, Luciano Viégas, ao final da manifestação dos trabalhadores técnicos da área da saúde de Pelotas, que nesta sexta-feira (30) foram às ruas do centro da cidade e à Câmara Municipal registrar seu descontentamento pelo não cumprimento, pela classe patronal, da Lei Estadual 14460/2014, que cria o Piso Regional para os trabalhadores técnicos.

CAMINHADA percorreu ruas centrais com foco na sensibilização dos usuários dos serviços de saúde

CAMINHADA percorreu ruas centrais com foco na sensibilização dos usuários dos serviços de saúde

Durante caminhada, com parada no calçadão da Andrade Neves, os trabalhadores entregaram carta à população explicando o motivo da manifestação que poderá culminar, no mês de junho, com a paralisação dos serviços dos técnicos em alguns hospitais de Pelotas. Segundo o SindiSaúde, apenas a FAU está cumprindo a Lei e pagando piso integral – R$ 1.100,00 – aos trabalhadores.

“Vamos esperar até o dia 11 de junho pelas respostas dos gestores às reivindicações dos trabalhadores, que querem o cumprimento da lei imediatamente, então decidiremos qual o caminho será seguido”, adiantou o sindicalista, acrescentando que a manifestação é para explicar à comunidade sobre as condições salariais sob as quais os trabalhadores exercem sua profissão, que é cuidar da saúde da população. Ele explica, também, que muitos trabalhadores não estiveram presentes por se encontrarem cumprindo suas jornadas de trabalho nos hospitais e outras instituições prestadoras de serviços em saúde.

Alguns gestores entendem que o Piso Regional é para os trabalhadores que cumprem jornada de 220 horas mensais, e estão pagando proporcionalmente aos trabalhadores. Quem trabalha 180 horas está recebendo R$ 900,00. O Sindicato discorda. “A lei diz que têm direito ao piso os trabalhadores técnicos, não fala sobre carga horária”, assegura Viégas.

A caminhada saiu da frente da sede do SindiSaúde e se encerrou na Câmara Municipal, com Audiência Pública na qual participaram os trabalhadores, vereadores e representantes da instituições médico-hospitalares de Pelotas. O movimento contou com apoio da Federação dos Empregados em Estabelecimentos e Serviços de Saúde do Rio Grande do Sul(Feessergs) e sindicatos de trabalhadores em serviços de saúda da região.

A decisão de ir às ruas e Câmara foi tomada em assembleias individuais com trabalhadores de todos os hospitais de Pelotas entre os dias 16 e 23 deste mês, nas quais participaram cerca de 650 trabalhadores.

“A comunidade foi alertada sobre os motivos que poderão levar os trabalhadores a uma greve. A bola, agora, está com os gestores”, concluiu o presidente do SindiSaúde Pelotas.

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