Daniel Amaro apresenta espetáculo Ogum em Rio Grande
A apresentação está marcada para as 20h30 no auditório do Campus Carreiros da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), com entrada franca
A Companhia de Dança Afro Daniel Amaro apresenta no dia 20 (quinta-feira), em Rio Grande, o espetáculo A arqueologia Também Dança – A Dança de Ogum, coreografado pelo pelotense Daniel Amaro e pelo soteropolitano Paco Gomes. A apresentação está marcada para as 20h30 no auditório do Campus Carreiros da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), com entrada franca, e integra programação do 10º Festival de Artes Corporais do Rio Grande e 5º Seminário de Estudos e Pesquisa em Educação Física e Danças, que este ano tem como tema “Enegrecer”. A promoção é da Furg, por meio da professora Leila Finoqueto, com apoio do Departamento de Arte e Cultura da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade.
A montagem foi concebida ano passado, com financiamento do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) do Governo do Estado. A estreia ocorreu em outubro de 2022 no Theatro Guarany, em Pelotas. Retorna aos palcos pela segunda vez agora em Rio Grande, o que para o diretor da Companhia é uma oportunidade mais que especial: “Estamos levando Ogum para a cidade mais preta do Estado, por onde entravam os pretos escravizados no Rio Grande do Sul para servirem principalmente às charqueadas pelotenses”, explica o coreógrafo.
Foi aliás em uma charqueada pelotense que o espetáculo Ogum nasceu, a partir de escavações feitas no interior da edificação que serviu de senzala na charqueada São João, na margem do arroio Pelotas. Na ocasião, professores e alunos do Laboratório de Estudos Interdisciplinares de Cultura Material (Leicma), ligado à Arqueologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), se depararam com um artefato em metal identificado mais tarde, após avaliação de cinco pais de santo, como um assentamento de Ogum.
“A partir daí começamos a pesquisa, primeiro sobre o orixá – agricultor, ferreiro e guerreiro – na tradição do Batuque [religião afro-brasileira correspondente ao Candomblé], depois para a montagem, com movimentos, gestos e coreografias”, afirma Daniel Amaro, que destaca a interdisciplinaridade envolvida, que além de dança e religiosidade inclui Arqueologia e Museologia. Uma exposição montada pelo Laboratório de Museologia Colaborativa (Colab) de objetos e demais itens escavados pela equipe do Leicma também acompanha a apresentação.
A arqueologia também dança – A dança de Ogum é composta de dois atos, desta vez com seis bailarinos no elenco, e trilha sonora assinada por Guilherme Vieira, músico pelotense hoje radicado no Estado do Paraiba.
Antes da apresentação das 20h30, o coreógrafo Daniel Amaro participa de uma roda de conversa na qual vai abordar a dança afro no Rio Grande do sul. No dia seguinte, 21, dentro da programação do Festival e Seminário, Amaro ministra oficina de dança afro. Inscrições gratuitas via redes sociais do evento. ( https://l.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Fsinsc.furg.br%2Fdetalheseventos%2F2114%3Ffbclid%3DIwAR3XLW2r8jbvSMaSohR_BAdfF_soM5mW9G3GuyANGhs67IQFlE9-YDhSMI4&h=AT0ldvWm5z8hMHvHPo0ccjsJGaW_BvY1HV9_4PVotzbJgp1FhXWCMpke-uPorstlk4TCniOohWnWOlEEyk_rgD9S4tEyF7xX4CN_ZEiXjW7iXVsqWais3b0K8osGBvze1YIN7P6WpVNjLSey8OOVCw )
Serviço
O que: Espetáculo A Arqueologia também Dança – A Dança de Ogum, com a Companhia de Dança Afro Daniel Amaro
Quando: dia 20 deste mês, quinta-feira, a partir das 20h30
Onde: auditório do Campus Carreiros da Furg, pelo 10º Festival de Artes Corporais do Rio Grande e 5º Seminário de Estudos e Pesquisa em Educação Física e DançasQuanto: entrada franca
Crédito da foto: Juliana Ploni
