UCPel e HU alertam para iminente necessidade de espaços para profissionais da saúde
As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul afetaram severamente a estrutura de serviços essenciais, incluindo a saúde com impactos incalculáveis
Dentre os danos colaterais, estão a localização de postos de saúde e hospitais, que se encontram em áreas de risco. E mais ainda, a necessidade de espaços de descanso para aqueles que estão na linha de frente.
O reitor da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), José Carlos Pereira Bachettini Júnior, alerta para o bem-estar dos profissionais de saúde, que estão na linha de frente, e com trabalho redobrado. “Precisamos manter a nossa força de trabalho no Hospital Universitário também protegida. Precisamos de local de acolhimento a esses trabalhadores, às suas famílias, para que o sistema de saúde não entre em colapso. Então, é fundamental a ajuda, especialmente, do sistema hoteleiro, que disponibilize também alguns leitos dos seus hotéis para que a gente possa acomodar funcionários da área de saúde, sob pena do sistema entrar em colapso”, disse.
O diretor do Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP), Marcio Slaviero, partilha da mesma preocupação. Segundo ele, o Grupo Apac está dando todo suporte ao município, em todas as áreas hospitalares, porém, em contato com os gestores dos hospitais das regiões da Serra e Metropolitana que foram afetados pelas enchentes, foi reafirmado que um dos grandes desafios se refere aos recursos humanos, que em determinado momento não conseguem mais se deslocar. “É fundamental que empresários locais disponibilizem espaços onde médicos e profissionais da saúde possam se alojar. Não se trata de um abrigo, mas sim de um espaço para descanso, para manter funcionando um dos serviços essenciais num cenário como este que está sendo previsto”, explicou.
Chamado começa a ser atendido
O empresário do setor imobiliário, Pedro Trindade já atendeu ao chamado. Ele ofereceu dois apartamentos com mobília para profissionais da área. “A pandemia provou que esses profissionais renegam seus interesses pessoais em prol da sobrevivência das comunidades. Eles precisam recuperar as energias para continuar dando o seu máximo. É nossa obrigação estar ativo no processo de suporte e depois retomada da vida do nosso município e região”, declarou.