Diário da Manhã

quinta, 21 de novembro de 2024

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Adeus ao gigante Quincy Jones

Adeus ao gigante Quincy Jones
04 novembro
10:35 2024

Um ícone que nos deixa um legado imenso de dedicação, criatividade, qualidade e bom gosto

Marcelo Gonzales*

@celogonzales @vidadevinil

Esse é aquele momento em que ao saber da notícia precisa modificar toda a sua agenda e ir escrever sobre. Na noite de ontem, ele se foi…

Quincy Jones foi um ícone de trabalho, criatividade, inventividade, talento e carisma!

Nomes como Michael Jackson, Frank Sinatra e Milton Nascimento foram só alguns dos muitos e muitos artistas que tiveram a honra de conviver, receber dicas, participar de perto e ter a companhia desse gigante.

Morreu aos 91 anos e, segundo seu agente, Arnold Robinson, ele: “faleceu pacificamente” na noite de domingo em sua casa, em Los Angeles.

Quincy Jones e alguns de seus grandes amigos

O que mais me marcou nos anos de vida e trabalho de Quincy Jones era o seu semblante sorridente, astuto e sua simpatia contagiante refletia em todos os lugares que chegava.

Quando Quincy Jones chegava o ar mudava, os sorrisos se abriam e o trabalho acontecia, as composições vinham, os arranjos, as inventividades sem tamanho.

Famoso e mundialmente conhecido por produzir o álbum Thriller de Michael Jackson, ganhou em sua trajetória 28 prêmios Grammy e, pela revista Time, foi nomeado um dos músicos de Jazz mais influentes do século 20.

We Are the World

Um capítulo a parte na sua carreira monstruosa foi a sua capacidade de agregar aos projetos, como fez em We Are the World em 1985, onde reuniu 46 cantores super mega populares dos Estados Unidos, entre eles: Lionel Richie, Stevie Wonder, Paul Simon, Kenny Rogers, Tina Turner, Billy Joel, Michael Jackson, Diana Ross, Dionne Warwick, Willie Nelson, Al Jarreau, Bruce Springsteen, Steve Perry, Daryl Hall, Huey Lewis, Cyndi Lauper, Kim Carnes, Bob Dylan. Alguns artistas participaram apenas do coro da música, como La Toya, Janet, Tito, Randy, Marlon, Jermaine e Jackie Jackson.

Prince foi convidado para participar da música, mas recusou o convite. Quincy Jones, o produtor da canção, separou um verso exclusivamente para o cantor, mas ele não quis comparecer ao estúdio.

Jones utilizou essa música para arrecadar dinheiro para aqueles que sofriam com uma fome devastadora na Etiópia. O hit alcançou o primeiro lugar nas paradas mundiais e foi tocado no Live Aid, shows realizados no Reino Unido e nos Estados Unidos para arrecadação de fundos para a causa.

Despedida

“Com corações cheios, mas partidos, devemos compartilhar a notícia do falecimento de nosso pai e irmão Quincy Jones. E, embora esta seja uma perda incrível para nossa família, celebramos a grande vida que ele viveu e sabemos que nunca haverá outro como ele.” lamentou a família em comunicado a imprensa.

A genialidade partiu, um ícone que será sempre lembrado e aclamado por seus feitos. Uma capacidade de liderança em seus trabalhos e um homem de um networking musical incrível. Vai em Paz Quincy!

*Marcelo Gonzales é colunista de Arte e Cultura, Jornalista, Pesquisador de Música Popular Brasileira, produtor e apresentador do Programa Falando de Arte na Rádio Rio de Janeiro.

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