Hilda Simões Lopes lança o romance histórico Maya em Pelotas
Evento ocorre no Instituto Simões Lopes Neto no dia 15 de agosto
A escritora Hilda Simões Lopes lança o romance histórico Maya (Libretos, 312 páginas, ISBN 978-85-5549-069-9, R$80) no dia 15 de agosto em Pelotas, no Instituto Simões Lopes Neto. Às 18h acontece um encontro da autora com a Drª em História Lorena Gill. Após, a sessão de autógrafos. Com coordenação editorial e design gráfico de Clô Barcellos, o título tem capa de Otávio Teixeira.
Instigada pelos historiadores Adão Monquelat, Major Ângelo Pires Moreira e Mário Mattos para escrever sobre as vivandeiras, Hilda debruçou-se sobre o tema, pesquisando sobre a atuação combativa das mulheres à época da antiga Província do Rio Grande.
“Maya é ficção construída com mulheres e vivências verdadeiras, como as mestras pioneiras Maria Clemência Sampaio e Luciana de Abreu, e as abastadas senhoras Maria Josefa da Fontoura e Maria Eulália da Fontoura d’Agan e o Príncipe Custódio, figura histórica e espiritual originária do Benin (África). A trajetória da protagonista é marcada por mulheres autênticas com as quais atravessará os difíceis e verídicos dramas do século oitocentista”, observa a autora.
Vivandeiras
Com botas e panelas penduradas nos ombros seguiam os exércitos nas guerras, eram amantes, rameiras, bruxas e curandeiras, dançavam nuas, cozinhavam, espalhavam doenças e bebedeiras, eram más e eram boas, lutavam, matavam, perdiam pedaços ou morriam. Elas eram as “vivandeiras”.
E Maya foi uma escrava fugitiva adolescente por elas amparada. Nutrida pela sabedoria dos povos originários e os mitos africanos, Maya conversava com a lua e as estrelas, emocionava-se com as cores do poente e a elegância das garças. Maya na cidade, Maya entre mulheres revolucionárias e ousadas, que soltavam prisioneiros farroupilhas, brigavam pelo divórcio, pelo voto feminino, por mulheres nas universidades e pela abolição da escravatura.
A Doutora em Letras Maria Eunice Moreira salienta a força das mulheres dessa história na orelha do livro: “Em uma narrativa poderosa, Hilda Simões Lopes dá vida a personagens singulares, de classes mais abastadas ou escravizadas, cultas ou analfabetas, traçando entre elas o fio do destino e revelando uma faceta pouco explorada do continente sulino. Numa prosa fluida e atraente, Hilda escreve um romance sobre o nosso Rio Grande (mas também sobre o Brasil), que vai dos tempos da escravidão ao final do século XIX, da menina baiana Iara à poderosa Maya e seus ancestrais de África”.
MAYA é o décimo primeiro livro de Hilda Simões Lopes, natural de Pelotas, RS. Graduada em Direito e mestre em Sociologia, pesquisadora social e professora universitária, seus livros falam das relações humanas, das mudanças sociais, das condutas-desvio e da evolução do feminino. Ganhou o prêmio Açorianos com A superfície das águas (IEL/1997), foi finalista do mesmo prêmio com Cuba, casa de boleros (AGE, 2000) e finalista do prêmio Minuano com A maçã da rainha má (Literare Books, 2021).
Foto: Marcos Nedeff







