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Academia do Samba leva a cultura do Carnaval para zona rural de Pelotas

Academia do Samba leva a cultura do Carnaval para zona rural de Pelotas
21 outubro
15:17 2025

Foi mais uma ação da Escola de Artes e Ofícios do Samba (EAOS), que busca valorizar esta festa popular e formar público para o Carnaval

A mostra com os melhores trabalhos produzidos em 2025 pelos alunos da Escola Municipal Nestor Elizeu Crochemore, na Vila Nova, no 7º distrito, ganhou a visita da Academia do Samba neste final de semana. Após uma rápida palestra sobre a cultura do Carnaval de Pelotas e sua história, ritmistas, intérpretes e passistas da Academia colocaram a gurizada para sambar e tocar. Foi mais uma ação da Escola de Artes e Ofícios do Samba (EAOS), que busca justamente valorizar esta grande festa popular e formar público para o Carnaval.

“Eu sou apaixonada por samba e estou muito feliz”, resumiu a estudante Vitória Duarte, de 12 anos. “A primeira vez que sambei foi com 9 anos, vendo as escolas do Rio de Janeiro, na TV”, acrescentou. Aliás, este é exatamente o contato que a grande maioria dos alunos da zona rural tem com o Carnaval, uma festa para ser prestigiada apenas pela telinha. Mas o encontro deste sábado mostrou que pode ser diferente.

Ao apresentar registros que remontam a 1870 até os dias de hoje, o produtor cultural da EAOS, Paulo Pedrozo, fez a provocação para que estudantes e seus familiares, professores e funcionários da Nestor Elizeu Crochemore participem do desfile da Azul e Banco em 2026. “Foi uma alegria que nos contagiou, uma das melhores oficinas que já tivemos”, garantiu a diretora Lia Novelini.

Alunos tocaram e se divertiram com vários instrumentos – Fotos: Dinhomaker

Um trabalho para enaltecer as heranças culturais

Desde 2011, a Escola Nestor Elizeu Crochemore desenvolve atividades através do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) e os alunos que participam transformam-se em multiplicadores dos conhecimentos tanto em sala de aula quanto na comunidade. Atualmente, dos cerca de 240 alunos, 27 são oriundos do Quilombo Alto do Caixão.

“Queremos valorizar principalmente as heranças culturais”, enfatizou a coordenadora do Neabi, Tatiana Rodrigues. “E o que vivemos aqui neste sábado faz parte da cultura afro, negra, uma das raízes do nosso país, e não chega na zona rural”, sustentou a professora. Daí a riqueza do que foi compartilhado pela Academia do Samba, de forma leve, alegre e verdadeira. Uma manhã em que a colônia resolveu sambar.

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