MORRE O EX-REITOR DA UCPEL TEÓFILO ALVES GALVÃO
Faleceu nesta sexta-feira dia 3, às 15 horas, no hospital Jaime da Fonte, em Recife aos 89 anos, o Professor e Dr. Teófilo Alves Galvão.
Há duas semanas Galvão sofreu uma ruptura de um aneurisma da aorta abdominal. Foi operado e chegou a retornar para casa. Complicações pós-operatórias fizeram retornar para a UTI aonde veio a falecer.
Teófilo Alves Galvão nasceu em 18/04/1926, de pai agricultor e mãe doméstica, na cidade de Triunfo, a 400 km da Capital Recife. O resumo que se segue de sua vida, foi elaborado pelo próprio Professor Teófilo Galvão:
“Aos 11 anos matriculou-se no Colégio Nóbrega, dos jesuítas, onde ficou de castigo, durante um recreio, por não ter comprado o uniforme de gala.
Seis meses depois entrou no Seminário dos Jesuítas, na Serra de Baturité, no Ceará, onde fez o curso ginasial e de Humanidades, transferindo-se depois para a cidade de Nova Friburgo, na Serra dos Órgãos, para fazer um curso de 01 (um) ano de ciências, no Colégio Anchieta dos Jesuítas.
No ano seguinte, 1949, seguindo o currículo jesuítico, ingressou no Colégio Cristo Rei, em São Leopoldo, R. G. do Sul, para estudar filosofia. No terceiro ano de Filosofia resolveu deixar a Ordem da Companhia de Jesus (jesuítica), para se matricular na Faculdade de Filosofia da Universidade do Rio Grande do Sul. Recomeçou o curso de filosofia, porque os jesuítas não oficializavam seus cursos, com o objetivo, talvez, de segurar os estudantes na ordem religiosa.
Na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da URGS, foi eleito Presidente do Centro Acadêmico Franklin Delano Roosevelt, bacharelando-se em 1954.
Em 1955, foi nomeado professor de português e latim da rede estadual, em Pelotas. Depois foi nomeado professor de latim do Colégio Municipal de Pelotense.
Em 1956, em solenidade presidida pelo Bispo D. Antonio Zátera casou-se com Terezinha de Campos Galvão, com quem teve 4 (quatro) filhos: Teófilo Filho (hoje Doutor), Luis Fernando, Maria Teresa e Maria Cristina.
Em 1974, bacharelou-se no Curso de Direito da Universidade Federal de Pelotas recebendo o Prêmio Bruno de Mendonça Lima por obter o 1° (primeiro) lugar da turma de 59 bacharelandos de 1974.
Na Universidade Federal de Pelotas, foi Diretor da Faculdade de Educação, de 1976 a 1980.
Em 1977, prestou concurso de Livre Docente e Doutor em Filosofia da Educação, defendendo a Tese “A Educação como Processo de Libertação”.
Em 1996, foi nomeado Reitor da Universidade Católica de Pelotas, cujo desfecho foi relatado, resumidamente, na mídia de Pelotas.”
Após o falecimento de sua esposa Terezinha de Campos Galvão, foi morar em Recife. Dividiu os seus últimos anos de vida com a companhia de Maria de Lourdes Ramos.