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domingo, 24 de novembro de 2024

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Editorial: CRIMINALIDADE

23 novembro
10:20 2015

Editorial

Publicado em 04 de novembro de 2015

A bruxa parece que anda solta. Ao menos é o que se poderá deduzir da extraordinária onda de violência e de criminalidade que vem se desenvolvendo e, infelizmente, aumentando por todos os lados. Em Pelotas, este ano, já ocorreram 80 homicídios e dois latrocínios.

Parece ser indiscutível que, quanto maior for o índice de desemprego, mais aumenta a criminalidade. E isto é uma consequência lógica e natural do ser humano que, não tendo trabalho útil, não produzindo, transformando-se num verdadeiro parasita, passa a ocupar seu tempo para coisas inúteis, contrárias ao interesse social.

O desocupado, depende de quem trabalha e produz. Depois, enjoado de nada fazer, passa a viver de expedientes escusos. Habitua-se com os golpes e cada vez fica mais insensível a qualquer apelo íntimo em favor do trabalho e da ocupação, de forma honesta. A própria comunidade já o vê com maus olhos e vai, aos poucos, segregá-lo, ainda mais, até o ponto em que os choques começam a ocorrer. Com o passar do tempo, um acaba sendo inimigo do outro.

Estão criadas as condições para o início da delinquência e surgem os primeiros furtos, roubos, assaltos. Nesta altura a comunidade do crime está a seu lado, enquanto a sociedade o condena. Mas já se vislumbram os vícios da bebida alcoólica, do fumo, do tóxico, das drogas, da jogatina, da depravação dos costumes. O desrespeito aos pais, a esposa, filhos, aos mais velhos e à própria autoridade constituída passa a ser regra geral.

As eventuais entradas nos presídios, imundos e viciados, repletos de profissionais pós-graduados do crime e de tanta coisa pública e notória, encarregam-se da parte final.

Já aí a delinquência passa a se constituir em forma de agir e, quem sabe de sobreviver. É claro que é muito perigosa e nociva.

Está instalada, então, a violência, que só conduz a criminalidade e até na morte, seja dos culpados, seja dos policiais, seja de inocentes, numa agressão à comunidade que não encontra justificativa e que só a aniquila, acarretando à Nação prejuízos extraordinários e incalculáveis.

Temos de nos dar conta, todos, de que a onda de violência e de criminalidade precisa ser contida, em benefício geral.

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