Pesquisa da Confederação Nacional de Transportes (CNT) aponta a deterioração das rodovias brasileiras
Senadora Ana Amélia lamenta deterioração das rodovias do país
A senadora Ana Amélia (PP-RS) lamentou, nesta segunda-feira (4), resultado de pesquisa da Confederação Nacional de Transportes (CNT) que aponta a deterioração das rodovias brasileiras no último ano. A Pesquisa CNT revela que 63,8% da extensão avaliada apresenta alguma deficiência no pavimento, na sinalização ou na geometria. Em 2012, o percentual era de 62,7%.
A pesquisa demonstra ainda, informou a senadora, que seriam necessários, hoje, investimentos de R$ 355 bilhões nas rodovias brasileiras. Ela observou, no entanto, que o governo federal autorizou apenas R$ 12,7 bilhões para o setor no Orçamento de 2014. Em relação aos principais pontos que trazem graves riscos à segurança do usuário revelados na pesquisa, a senadora destacou as erosões na pista, a existência de buracos e a ausência de acostamentos nas estradas.
Ana Amélia lembrou acidente com um ônibus de turistas que vitimou quatro pessoas, neste final de semana, em Passo Fundo (RS) e ressaltou que uma das possíveis causas do acidente foi a falta de acostamento na curva onde o ônibus capotou.
– Neste final de semana, incluindo esse acidente, 15 pessoas morreram em acidentes no meu estado, incluindo o feriado de Finados. O problema é que estradas as no Brasil hoje são de competência dos estados e do governo federal. É uma coisa meio ilógica isso também – lamentou.
A senadora criticou a situação vivida por pelo menos 76 municípios do Rio Grande do Sul que ainda não têm acesso pavimentado a sua sede e assinalou que a falta de acesso pavimentado em cidades do interior gera concentração de desenvolvimento econômico em regiões que já têm infraestrutura e traz como consequências as migrações e os bolsões de pobreza.
– As estatísticas escancaram as consequências de mais de uma década de descaso e de atraso. Nesses municípios, a rotina é marcada por isolamento, acidentes, veículos danificados, dificuldade para escoar a safra, produtos mais caros nas prateleiras e problemas de saúde provocados pela poeira. Juntas, essas localidades somam cerca de 220 mil habitantes – ressaltou.