OSTEOPOROSE já afeta 10 milhões de brasileiros e deve aumentar nos próximos anos
Especialista do Grupo NotreDame Intermédica indica formas de prevenção que podem diminuir a velocidade de perda óssea ou até estimular a sua formação
Doença silenciosa e que está principalmente ligada a fatores genéticos, a osteoporose há tempos é tratada como um problema de saúde pública. Somente no Brasil a doença atinge cerca de 10 milhões de pessoas e, considerando os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que apontam para uma taxa rápida de envelhecimento, o estado de alerta em relação a esta doença só deve aumentar.
A osteoporose é uma doença metabólica que acomete os ossos. Caracteriza-se quando a quantidade de massa óssea diminui, colocando as pessoas mais expostas a fraturas. Números do Ministério da Saúde e da Federação Nacional e de Associações de Pacientes e de Combate à Osteoporose (Fenapco) mostram que anualmente ocorrem em média, no Brasil, 2,4 milhões de fraturas por causa da osteoporose e 200 mil pessoas morrem no período em decorrência dessa doença. As mesmas fontes indicam que 1/3 das mulheres brancas acima de 65 anos são portadoras de Osteoporose. Mesmo que em menor escala, trata-se de uma doença que também atinge os homens, estimando-se que cerca de 1/5 dos homens brancos acima de 60 anos têm 25% de chances de adquirir uma fratura osteoporótica.
A Dra. Danielle Amoêdo, especialista em Geriatria e que atua no PAI – Programa de Assistência ao Idoso do Grupo NotreDame Intermédica, explica que cada pessoa tem tratamento único. “O médico investiga as razões e direciona o diagnóstico. A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas antes que aconteça algo de maior gravidade, como uma fratura. Isso explica o motivo de muitos casos serem diagnosticados em uma fase mais adiantada da doença”, ressalta a especialista.
“Curiosidade: Mulheres e homens orientais correm mais riscos de sofrer fraturas pela osteoporose por um problema anatômico no fêmur”
Os exames ajudam a monitorar a saúde do paciente. O de densitometria óssea, por exemplo, é o que mais fornece informações para o diagnóstico e o acompanhamento de qualquer tratamento. Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor tende a ser a resposta ao tratamento. O aumento na ingestão de cálcio e a prática regular de atividade física são recomendáveis. Atualmente, existem medicações que podem diminuir a velocidade de perda óssea ou até estimular a sua formação.
Alguns dos fatores de risco
História familiar de osteoporose; História prévia de fratura por trauma mínimo; Tabagismo; Baixa atividade física; Baixa ingestão de cálcio; Baixa exposição solar; Alcoolismo; Ausência de períodos menstruais (amenorreia) por longo período; Baixo peso corporal.
Prevenção – “O trabalho de prevenção promove o controle e o equilíbrio do indivíduo e proporciona o que chamamos de envelhecimento ativo. Assim, o idoso terá disposição e capacidade de estar socialmente integrado à comunidade”, diz a Dra. Danielle Amoêdo. A especialista da NotreDame Intermédica indica manter uma alimentação equilibrada à base de frutas, verduras, legumes, cereais integrais e leite desnatado, pois também são alimentos importantes para a prevenção de doenças reumáticas. “É fundamental evitar sobrepeso, manter uma boa postura corporal, evitar o tabagismo e o consumo de álcool e praticar atividade física regularmente”, completa.