Somente 30% das IES gaúchas vão aderir ao novo Fies em 2018
Na noite de ontem (31/10) a Câmara dos Deputados aprovou as novas regras do Fies
Se aprovadas pelo Senado ainda em novembro, as mudanças já passam a valer em 2018. No Rio Grande do Sul, somente 30% das instituições de ensino superior (IES) afirmam que vão aderir ao novo programa, se for aprovado. Já 70% das instituições tendem a não aderir, mas ainda não tomaram a decisão final. É o que revela o levantamento do Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (SINEPE/RS) divulgado na manhã desta quarta-feira (01/11). “Essa é uma tendência que deve se confirmar não só no Rio Grande do Sul, mas em todo o País porque esse novo modelo de Fies é inviável para as instituições de ensino. O programa só interessa ao governo e aos bancos privados, que passam a também gerenciar o financiamento”, afirma o presidente do Sindicato, Bruno Eizerik.
A pesquisa mostrou também que 64% das instituições já estão buscando outras formas de financiamento neste ano e 29% pretendem fazer isso em 2018.
Entre as mudanças que trarão maior impacto para as instituições estão o congelamento das mensalidades dos alunos que tiverem o Fies, as instituições passam a assumir parte da inadimplência dos estudantes e perderão até 25% do valor da mensalidade para pagar as taxas bancárias e seguros.
Vagas ociosas em 2017:
A pesquisa apontou que 93% das instituições ouvidas estão aderindo ao Fies em 2017, mas apenas 61% das vagas oferecidas foram preenchidas. A queda na procura se deve às mudanças já realizadas em 2016, como a renda familiar per capita de 2,5 salários mínimos, 450 pontos na média da nota do Enem, prioridade para os cursos nas áreas de engenharias, formação de professores (licenciaturas, pedagogia ou normal superior) e saúde e prioridade de vagas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (excluindo Distrito Federal).
Vagas FIES – Rio Grande do Sul (mil)
2010 – 10,1
2011 – 12,6
2012 – 14,8
2013 – 21,2
2014 – 29,5
2015 – 10,3
2016 – 12,5
2017 – 7,8
Vagas FIES – Brasil
2010 – 74.000
2011 – 154.000
2012 – 378.000
2013 – 560.000
2014 – 732.000
2015 – 311.000
2016 – 204.000