Vereador quer ressarcimento
José Sizenando prepara ação indenizatória pelo tempo que ficou fora da Câmara Municipal
Financeiramente e num primeiro foco, contando os salários que deixou de receber, a conta gira em torno de R$ 100 mil. Mas tem mais: várias outras alegações, dentre elas danos morais e perdas políticas, as quais serão reclamadas também na forma de indenização financeira.
A ação judicial ainda está em formatação pelo vereador José Sizenando (DEM), recém empossado em definitivo no cargo, após trâmites que se arrastaram por cerca de um ano. Ele assumiu no lugar de Rafael Dutra, o Barriga (PTB) após a Justiça Eleitoral decidir pela anulação dos 354 votos de Marcos Rogério Nogueira da Silva, o Canídia, também do PTB, o que diminuiu a votação da legenda de Barriga e, por consequência, custou o seu cargo eletivo.
O imbróglio DEM, PTB, Sizenando, Barriga, Canídia durou um ano, até a decisão judicial final, em janeiro, que tirou Barriga e colocou Sizenando na Câmara Municipal. Enquanto isso, o vereador do DEM esteve fora da condição de titular do mandato, sem direito a salário. E durante 12 meses deixou de receber por volta de R$ 100 mil.
RESSARCIMENTO – “Alguém vai pagar”. É o entendimento de Sizenando, em preparação da ação judicial. O vereador alega também que houve “falsidade ideológica” na questão, haja vista que o pivô do imbróglio, o cidadão Canídia, não estava filiado ao PTB. O Partido Trabalhista Brasileiro, inclusive, é o principal alvo da ação judicial que em breve vai começar a tramitar na Justiça.
“Aconteceu muita coisa, que me fez perder um ano, na expectativa pela decisão final da questão. Eu deixei de trabalhar e de ganhar. Então, vou querer ser ressarcido do que perdi”, salienta o vereador do DEM.
A REPORTAGEM do Diário da Manhã tentou, na tarde desta quinta-feira, contato com dirigentes do PTB. Procurou o presidente, Agostinho Meireles e o vereador e membro da Executiva Municipal da sigla, Anderson Garcia. Não houve resposta.