Crianças precisam criar hábito de beber água
Pais podem estimular o consumo da bebida logo após os seis meses de vida
A infância é um período de desenvolvimento físico e intelectual do ser humano e que precisa ser estimulado. Aulas de inglês, futebol, ballet e outras atividades ocupam o tempo de meninos e meninas e tornam o dia-a-dia corrido, o que pode fazer com que os pequenos se esqueçam de algumas atitudes importantes, como beber água, por exemplo.
A hidratação é importante para o organismo em qualquer fase de vida de uma pessoa. Mas, as crianças, por serem ativas, precisam de acompanhamento para garantir que elas consumam a quantidade ideal de água diariamente.
O hábito pode começar depois dos seis meses. Até esta fase, o leite materno supre qualquer necessidade que o bebê tenha. Depois, quando frutas e papinhas entram nas refeições, a água também deve ser oferecida. E a quantidade varia conforme o tamanho, peso, atividade, temperatura do ambiente e alimentos que a criança come.
Segundo a nutricionista da Paraná Clínicas, Dagmarcia David, “a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) indica duas formas práticas de encontrar a quantidade ideal de ingestão de água. A primeira é pelo peso da criança: 50 a 60 ml por quilo de peso/dia. Já a segunda pela idade da criança:
– até os três anos de idade devem consumir 1,3 litro por dia;
– crianças dos quatro aos oito anos, recomenda-se 1,7 litro;
– entre os nove e os treze anos, as meninas devem consumir 2,1 litros e meninos, 2,4;
– adolescentes dos quatorze aos dezoito anos, para ambos os sexos se orienta a ingestão de 3,3 litros”.
Durante o período de aulas, a rotina de beber água pode ser retomada ou até iniciada para quem ainda não tem o costume. “Colocar uma garrafinha na mochila, mantê-la por perto e abastecê-la em momentos apropriados durante o período na escola é ideal”, recomenda a nutricionista.
Para caber na mochila e não ocupar muito espaço nas mesas de escola, há garrafinhas menores, como de 300 e 350 ml. Além de procurar um produto com ergonomia melhor para os pequenos, os pais não podem esquecer da qualidade da água. “Observar o rótulo e verificar de onde vem o produto é importante. O ideal é procurar produtos que são reconhecidos no mercado. A Ouro Fino, por exemplo, tem um sistema de gestão da qualidade, além de capacitar os colaboradores para garantir a manipulação dos produtos de forma correta. Há um laboratório próprio, onde são feitas várias análises diariamente em todos os lotes. Tudo que se é produzido passa por exames para que não haja, de forma alguma, contaminação no produto”, conta Marcelo Marques, CEO da empresa Ouro Fino.
A água não tem macronutrientes que exijam um esforço do sistema digestivo e, por isso, é tão indicada ao organismo. “Beber água dá um descanso aos processos digestivos e ao aparelho renal, além de não fornecer calorias. Sendo assim, não causa ganho de peso, não interfere na fome dos pequenos e não causa cáries. O que também ajuda na hidratação diária é a ingestão de alimentos que complementem o papel da água, como frutas (melancia, melão, laranja, etc.) e alimentos (hortaliças, leite, carnes frescas) ricos em água”, explica Dagmarcia David.
Desidratação – Um estudo realizado pela Escola de Saúde Pública de Harvard, com base nas estatísticas do National Health and Nutrition Examination Survey, reúne dados de 4 mil crianças e adolescentes de 6 a 19 anos. Os pesquisadores concluíram que uma a cada quatro crianças não toma água pura, mas outros líquidos como sucos industrializados e refrigerantes. E boa parte das crianças que tomava menos água do que o recomendado tinha, pelo menos, um grau leve de desidratação, o que pode deixar o organismo mais frágil.
A desidratação dá sinais, como a diminuição do volume do xixi, urina mais escura, saliva espessa, “olho fundo” – com pouco brilho, e boca seca. Tudo isso é um aviso de que os pequenos estão precisando do tão precioso líquido, que é a água. “A água corresponde a 60% do nosso organismo. Ela está como componente estrutural de todas as nossas células, atua na fluidez das articulações, é a principal constituinte do sistema sanguíneo, responsável por reações químicas, trocas gasosas e formação de energia. Sem água não há vida”, comenta Dr. Valdir Lippi Júnior, cardiologista do Paraná Clínicas.
Então, como fazer a criança ingerir o necessário e não ficar desidratada? Oferecendo várias vezes ao dia pequenas quantidades de água, porque, quando ela estiver brincando, vai se esquecer de pedir, por isso os pais devem ajudar para que o hábito vire rotina.