Teste do Pezinho: Exame é essencial para proteção e cuidado com o recém-nascido
Realizado nos primeiros dias de vida, identifica doenças metabólicas, genéticas e infecciosas
Um pequeno furinho no pé do bebê e algumas gotas de sangue são suficientes para diagnosticar e tratar diversas doenças, com grandes impactos para toda a vida. Esse é teste do pezinho, exame obrigatório para recém-nascidos, que detecta precocemente doenças metabólicas, genéticas e infecciosas e é realizado entre o terceiro e quinto dia de vida do recém-nascido.
Uma vez o tratamento iniciado, são menores os riscos de complicações e até danos permanentes à criança, que podem evoluir, inclusive para a fase adulta. Em unidades públicas de saúde, o teste do pezinho detecta seis doenças, como a anemia falciforme, a fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito, já nas unidades privadas o teste é ampliado e contempla também outros diagnósticos.
– Aparentemente simples, o teste do pezinho é um exame de grande importância e é essencial que seja realizado nos primeiros dias de vida do bebê. Não tem contraindicações e seus resultados contribuem para a saúde e desenvolvimento da criança. Algumas doenças diagnosticadas e que tenham seu tratamento iniciado imediatamente, podem evitar que agressões permanentes ocorram no organismo. Caso não aconteça, há doenças que podem levar à morte – relata o pediatra neonatologista do Hospital Oeste D’Or, Dr. Ricardo Tovar.
Para a realização do teste do pezinho, é imprescindível que a criança já esteja recebendo o leite materno por, pelo menos, 48 horas, para que seu organismo já esteja metabolizando o alimento. As gotinhas do sangue do calcanhar são coletadas em papel filtro e encaminhadas para análise laboratorial.
Como o exame é um procedimento de triagem, se indicar positivo para alguma doença é realizado nova coleta, de forma mais específica, para confirmação do diagnóstico e início do tratamento.
– Os pais e responsáveis devem se conscientizar quanto a importância do teste do pezinho, pois a maioria das doenças é assintomática. O ideal é que no momento do alta da maternidade a família já tenha a solicitação do exame pelo pediatra. Em caso de internação, o teste é realizado na própria unidade. Se a criança tiver sido submetida a transfusão de sangue antes do teste do pezinho, é preciso que ele seja repedido após três meses. Caso contrário, o exame é realizado apenas uma vez na vida – complementa o especialista.