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Segunda maior pesquisa mundial sobre Artrite Reumatoide aponta impactos na vida de pacientes

Segunda maior pesquisa mundial sobre Artrite Reumatoide aponta impactos na vida de pacientes
12 setembro
15:26 2018

Dados divulgados no Congresso Brasileiro de Reumatologia revelaram dificuldades enfrentadas por pacientes e médicos ao lidar com a doença

Com o objetivo de entender os impactos reais da Artrite Reumatoide (AR) na vida de pacientes e profissionais da saúde, a farmacêutica americana, Eli Lilly, criou o projeto “A Artrite Reumatoide Importa”. A pesquisa online contou com mais de 9.800 pessoas e foi dividida em duas etapas, captando respostas de pacientes maiores de 18 anos e profissionais da saúde sobre questões do impacto da AR nos seguintes pilares: trabalho, relacionamentos, atividades e aspirações.

A primeira etapa da pesquisa contou com mais de 6 mil participantes da Europa e do Canadá. Posteriormente, disseminada em mais sete países, incluindo o Brasil, a segunda fase captou mais de 3.600 respondentes. Somente no Brasil, mais de 1900 pacientes e cerca de 400 profissionais de saúde participaram da pesquisa, cujos dados foram oficialmente divulgados durante o XXV Congresso Brasileiro de Reumatologia, que ocorreu entre os dias 5 e 8 de setembro de 2018, no Rio de Janeiro (RJ).

“Essa é a 2ª maior pesquisa sobre Artrite Reumatoide já realizada no mundo e os resultados confirmam a importância em falar sobre este tema com pacientes, profissionais de saúde e a população em geral”, explica Livia Firmino, Gerente Médica de Imunologia da Eli Lilly. “Os aspectos revelados apontam que existem barreiras emocionais dos pacientes até mesmo na hora de compartilhar com seus médicos suas rotinas e anseios, portanto, cabe a nós também, profissionais da saúde, estimularmos uma melhor troca de informações sobre o impacto da doença no paciente”, complementa.

De acordo com os dados levantados, quando o assunto é trabalho, 34% dos brasileiros com menos de 60 anos tiveram uma redução no progresso de suas carreiras, enquanto 26% foram obrigados a deixar o trabalho. Além disso, pacientes entre 40 e 59 anos são mais propensos a recorrer à aposentadoria. Indivíduos dessa mesma faixa-etária ou mais jovens revelam que se sentem menos compreendidos pelos outros em relação a convivência com AR, inclusive em seus relacionamentos.

Embora os impactos mais compreendidos sejam os físicos, 60% dos pacientes acreditam que as pessoas não entendem os impactos reais, principalmente em quesitos emocionais. Ainda segundo o balanço, os relacionamentos mais impactados pela Artrite Reumatoide são entre cônjuges ou parceiros: 64% dos respondentes alegaram que enfrentam problemas na intimidade.

Em relação aos exercícios e trabalhos domésticos, dois em cada três pacientes com Artrite Reumatoide consideram as tarefas difíceis de serem concluídas e 56% dos pacientes sentem-se frustrados, ansiosos ou insatisfeitos quando não consegue realizar ou completar atividades por causa da doença. As percepções dos profissionais da saúde sobre a dificuldade destas são semelhantes, embora um pouco mais altas para intimidade e higiene pessoal.

Quando perguntados sobre como gostariam de se sentir, mais da metade dos pacientes apresentaram aspirações modestas, apontando o desejo de permanecer ativo em suas atividades e que as pessoas em suas vidas entendam melhor os impactos físicos e emocionais causados pela Artrite Reumatoide.

Ao serem apuradas, as respostas apontaram para uma conclusão comum: ainda existem necessidades não atendidas para aos pacientes com AR que merecem atenção. Além disso, os dados apresentados podem auxiliar na conscientização e na transição do diálogo entre médicos e pacientes, deixando de ser apenas sobre “qual é o problema” e evoluindo para “o que mais importa” para o paciente com Artrite Reumatoide.

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